Estranhei muito, dias antes do clássico Gre-Nal de domingo (17), o veemente protesto do nosso adversário com relação à suspensão pelo TJD de seu jogador Nico López. Em decorrência disso, eles prometiam colocar time reserva em campo. Ainda assim, entendi, pois era um direito inalienável o protesto e a reação com a mudança de equipe que jogaria na Arena.
Mas estranhei porque o Inter tem um excelente advogado, que mais do que ninguém sabia que, interpondo um recurso, receberia o efeito suspensivo e colocaria seu atleta em campo, tal como fez o Juventude com relação às expulsões no mesmo lance do jogador colorado. Na segunda-feira (18), tomei conhecimento de que Nico López estava lesionado.
Toda a cena armada para esvaziar o clássico, por razões que muitos sabemos, cairia por terra. Felizmente, embora eu, neste caso específico, preferisse time titular, o Grêmio não embarcou na armadilha e no falso protesto.
Penso que estratégia faz parte dos segredos de um clássico, mas atribuir a terceiros as razões de uma decisão própria e até legítima não é justo. Nem com o mundo esportivo, muito menos com a ética e com o combate de todos à violência. A vitória tricolor obrigou, de forma inédita, a fazer com que o rival comemorasse e se orgulhasse de uma derrota. Basta ver e ouvir as declarações.
Justificativas estranhas
Repito e enfatizo minha opinião de que o Inter tinha todo o direito de escalar quem quisesse. Divirjo, tão somente, da forma com que justificou isso, embora não tenha nada a ver com a situação. Seus torcedores é que devem estar tristes com o resultado, ou seja, a derrota.