Tenho certeza de que todo torcedor gremista vive um momento de sonhar com grandes contratações. Aliás, como ocorre em todos os inícios de ano. Mas, em futebol, há uma lógica que ainda não consegui decifrar e que se confirma todos os dias.
Quando uma equipe como o Grêmio alcança a conquista de inúmeros títulos importantes em dois anos seguidos, nasce a ideia de que o time está pronto para a temporada seguinte. Nesse ínterim, acontecem muitos fatos aleatórios e alheios à vontade de todos, que começam a alterar a fotografia do grupo. São lesões, vendas, trocas, aquisições, enfim, uma série de fatores que contribuem para essa mudança de panorama.
Mesmo que o dirigente "entre em campo" na busca de soluções alternativas, acabam se consumando várias alterações. Neste momento, começo a raciocinar, concluindo que é muito mais difícil manter uma equipe campeã do que construir outra. Nada garante que a nova terá rendimento semelhante.
A preocupação existe
No entanto, acredito que a ousadia faz parte dessa reconstrução de uma equipe. Ousadia não significa gastança, mas competência na escolha dos atletas que passarão a integrar o elenco. E reconstrução não significa fazer time para cumprir tabela ou não ser rebaixado. Deve ser feita para obter títulos. A grandeza tricolor assim exige.
Caso contrário, é zona de conforto, ou seja, vamos compor um time sem grandes objetivos. Por todos esses motivos, quero crer que a direção gremista esteja trabalhando, com paciência, sem perder a visão da necessidade de formar novamente um grande time. Tomara que seja assim, mas a preocupação existe.