A novela envolvendo Marinho segue em andamento no Grêmio. A polêmica teve início no final de semana, quando vazou nas redes sociais um vídeo do meia-atacante se oferecendo para jogar no Flamengo. Depois, o atleta publicou uma nota oficial pedindo desculpas – pedido, inclusive, aceito pelo presidente Romildo Bolzan Júnior. Na noite de segunda-feira (17), na sede da Conmebol, no Paraguai, o Atlético-MG oficializou o interesse em contar com o jogador gremista na próxima temporada. Nesta terça (18), foi a vez do empresário de Marinho, Jorge Machado, falar sobre a situação.
— Quando o Grêmio trouxe o Marinho, sabia da característica brincalhona dele. O jogador não foi preparado para internet, para dar entrevista assim. Imagina na frente de uma câmera, que se tornou uma coisa muito chata. Hoje não se pode falar nada, não tem mais privacidade. Ele é um homem público, mas não foi educado para isso. E não é só o Marinho que vira notícia. Eu vi a entrevista do presidente (Romildo) na segunda-feira e foi bem legal. Ele (Marinho) não deveria ter falado aquilo. Às vezes, o cara nem teu amigo é. Conversamos bastante e ele está bem chateado e arrependido. O Marinho é uma pessoa simples e foi taxado de muitas coisas — afirmou Machado, em entrevista ao Hoje nos Esportes, da Rádio Gaúcha.
Para Machado, o problema é maior do que o caso do seu atleta. O empresário acredita que a principal questão seja na formação dos atletas.
— Tem que cobrar é do governo, que não dá estudo para todos, não do jogador. Não vou julgar o Marinho. Não tem muito o que falar, a não ser que ficou uma situação chata. Eu sei como é o Marinho, sei como foi a infância dele. É a primeira vez que estou falando sobre o assunto , porque agora ele está mais tranquilo — analisou.
Jorge Machado confirmou o interesse do Galo em contratar Marinho e revelou que o camisa 70 também é alvo de outras equipes brasileiras. Ainda assim, declarou que o interesse do meia-atacante é cumprir seu contrato com o clube gaúcho.
— Todo mundo acha que agora é fácil contratar o Marinho, mas não é assim. Ficamos seis meses trabalhando muito forte com o corpo técnico do Grêmio, pois era uma contratação muito difícil. O São Paulo fez uma proposta na época e ele quis vir para o Sul. É óbvio que, se for da intenção da diretoria do Grêmio recuperar tudo que foi trabalhado e investido na carreira dele, eu estou aqui para ajudar a recuperar. Não falta clube interessado pelo jogador que ele é — afirmou.