O dia 14 de dezembro é uma data que será sempre histórica para o futebol gaúcho, brasileiro e mundial. Foi neste dia, há oito anos, que um clube, infelizmente do Rio Grande do Sul, perdeu uma decisão de semifinal do Mundial de Clubes para uma equipe modestíssima da África.
Fico imaginando como os grandes craques do clube que representou o nosso país permitiram uma derrota tão acachapante. Afinal, tinham na equipe o melhor das Américas, outros jogadores de altíssimo nível, brasileiros e estrangeiros, e caíram para o inigualável Mazembe.
Cheguei à conclusão de que os verdadeiros craques eram Kidiaba e Kabangu, entre outros. Aliás, as comemorações de Kidiaba nos gols — no plural — do Mazembe atravessaram o mundo e se tornaram vinhetas nas televisões africanas e europeias, que são isentas. Quem não lembra delas?
Ninguém vai esquecer daqueles queridos irmãos africanos bailando em campo. Mas, por questão de justiça, o clube derrotado também se tornou referência mundial Fifa. Tenho muitos amigos que foram a Abu Dhabi somente para assistir à final do Mundial e ficaram 12 meses pagando por tudo, sem ver seu time jogar.
Vitórias e derrotas
A flauta foi grande, mas respeitosa. Afinal, futebol é feito de vitórias e derrotas. Mas sabe-se que há espécies de vitórias e derrotas. O assunto rendeu tanto que teve até um viaduto construído em Porto Alegre, em local apropriado, homenageando o time africano.
Mas não vamos esmorecer. Sempre haverá oportunidade de revanche, e todos nós, gaúchos, estaremos atentos.