Mesmo que o Grêmio entrasse em campo com os 11 titulares, no domingo, no jogo contra o Palmeiras, uma derrota para o time paulista seria absolutamente normal. Afinal, o Palmeiras, na atualidade, tem o melhor elenco do Brasil, é favorito para conquistar o Brasileirão e, na minha visão, é o grande time da Libertadores. Portanto, pode acabar o ano com os dois maiores títulos que um clube brasileiro pode almejar – excluo dessa lista o Mundial de Clubes, caneco cada vez mais difícil de ser levantado por um time do Brasil, tamanha a desigualdade entre europeus e sul-americanos.
Pois bem, este texto não trata da má atuação do Grêmio no jogo contra os paulistas ou da derrota. E, sim, de dois problemas antigos que a direção, respaldada por três anos de títulos, insiste em não resolver – e problemas que já cobraram, e seguirão cobrando seu preço. Sempre, mas sempre que o clube mantiver jogadores no grupo como Bressan e Marcelo Oliveira (no momento, são eles, no passado, tivemos outros similares), o time corre risco em alguma partida. Aqui, cabe ressaltar: nenhuma crítica pessoal aos jogadores (sempre é bom que os boleiros entendam que, em sua grande maioria, a crítica dos jornalistas é feita com base nas suas atuações em campo, nada mais).
Sei que o Marcelo Oliveira é cara gente boa, bom de grupo, motivador, e coisa e tal. Ótimo. Mas será que o atual campeão da América não merece um substituto em uma posição tão importante? Sua atuação, no jogo contra o Palmeiras, repetiu suas performances dos últimos anos, deixando a torcida preocupada.
Enquanto isso, Bressan é figura central de uma velha "briga" entre torcida e direção. Quando ele é escalado, gera calafrios em boa parte dos gremistas. Quando passa um jogo sem comprometer, terminamos aliviados. A exemplo do Marcelo, também é um cara gente boa. Sei que ele é bacana, inclusive, pois é vizinho da mãe de um amigo, que fala muito bem dele. Ótimo, também gosto do Bressan enquanto pessoa. Mas seria demais pedir para a direção do Grêmio emprestar os dois jogadores no ano que vem? Não existem nomes melhores na base?
Como estamos em boa fase, as atuações lamentáveis de Bressan, como no jogo de domingo, quando tivemos que assistir aquele lance tosco de nosso zagueiro no segundo gol do Palmeiras, acabam passando quase “despercebidas”. Mas vão, aos poucos, cobrando seu preço. Tomara que, para 2019, a direção do clube, capitaneada por Romildo Bolzan, que tanto acerta em contratações nos últimos anos, corrija esses erros.