Após uma temporada de muitos jogos e agendas de shows, o gramado da Arena do Grêmio sofreu duras críticas do técnico Renato Portaluppi, jogadores e até diretoria do clube gaúcho. O problema se intensificou após partida do Grêmio contra o Defensor, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores da América, em 23 de maio. A Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio, aproveitou a parada para a Copa do Mundo da Rússia para trocar o gramado.
Apesar da troca, durante a partida do Grêmio contra o Atlético Tucumán, pelas quartas de final da Libertadores, o gramado apresentou pequenos focos de acúmulos de água. E a Arena Porto-Alegrense planeja aproveitar a pausa do fim de temporada para fazer uma nova manutenção e trocar novamente o gramado do estádio tricolor, se for o caso. Agora, o principal motivo para mudança, menos de seis meses depois da troca realizada em julho, é a drenagem.
Segundo o diretor de operações da Arena Porto-Alegrense, Paulo Rossi, estão sendo feitos trabalhos diários para tentar solucionar o problema até o fim desta temporada, caso isso não seja possível, a troca integral do gramado deve ser realizada novamente.
— É notório a circunstância com a falta de permeabilidade do gramado atual. Vamos tentar alguns manejos até o fim do ano para melhorar. Caso não atinjamos esse objetivo, vamos optar pela troca. Esse será o nosso planejamento. Usando um sistema que utiliza um pouco mais demorada para finaliza-lo, mas que permita uma melhorar drenagem — comentou o diretor em contato com a reportagem de Gáucha ZH.
Segundo ele, o "Plano B", como está sendo chamado pelos gestores do estádio, utilizaria uma nova técnica na troca do gramado. Diferentemente da utilizada na parada da Copa, não haveria solo acoplado no grama, mas demoraria mais para ficar em condições de jogo.
— A diferença é que no gramado instalado durante a Copa do Mundo, por necessitar de uma rápida instalação e utilização, a grama vinha acompanhada de uma camada de argila. Em caso de necessidade de uma nova troca, utilizaríamos a técnica de "grama lavada", onde tem somente a grama e raiz para a instalação. Como teremos mais tempo, entre o fim do Brasileirão e começo do Gauchão, essa instalação aconteceria com naturalidade. Esse novo gramado ficaria em condições de jogo em um prazo de 30, no máximo 35 dias — explicou.
Outro fator que influi para a troca, segundo Paulo Rossi, é a proximidade da Copa América. Sede de uma das semifinais da competição, a Arena deve estar nas melhores condições para sediar as partidas da competição continental de seleções, sem esquecer do principal foco: o Grêmio.
— Nosso principal objetivo é deixar o gramado em ótimas condições para o Grêmio, depois, pensamos na Copa América. Mas, obviamente, queremos que a Arena esteja nas melhores condições para sediar a competição. Assim como queremos entregar um bom gramado para todos o torneios em que o Grêmio irá disputar na próxima temporada, e sabemos que serão, novamente, muitas — finalizou.