Para se ter uma ideia da importância do confronto entre Grêmio e River Plate, basta ver quantos jogadores de cada equipe já tiveram a experiência de servirem às suas seleções nacionais. No Tricolor, por exemplo, além de Kannemann que acabou de retornar de amistosos com a Argentina, ainda existem Grohe, Bruno Cortez, Luan e Everton, que de alguma serviram à Seleção Brasileira. Porém, nenhum além de Pedro Geromel ostenta no currículo o chamado para uma Copa do Mundo. Apesar de não ter entrado em nenhuma partida no Mundial da Rússia, o zagueiro gremista esteve presente na lista dos 23 de Tite.
— Eu tenho alguma experiência, joguei dez anos na Europa. Nos últimos anos, temos tido, junto com o Corinthians, as melhores defesas do Brasileirão. Ainda assim, aprendi mais e mais. Fui para lá com a cabeça completamente aberta. Aprendi com o professor (Tite), com Silvinho, um treinador excepcional da defesa, algo que me chamou muito a atenção - declarou Geromel em sua primeira entrevista coletiva após o retorno da Rússia.
No lado argentino, no entanto, o número de depoimentos é bem maior. Somente na Copa do Mundo de 2018, três atletas se fizeram presentes. Armani foi titular nos dois últimos jogos da seleção argentina (contra Nigéria e França), após falha de Caballero diante da Croácia. Já o experiente Enzo Pérez, que neste ano só foi chamado após lesão de Lanzini, disputou seis partidas (três em 2018 e outras três em 2014 - incluindo a final contra a Alemanha, no Maracanã). Já o meia Juan Quintero, que acabou de retornar de amistosos com a seleção colombiana, foi quem mais entrou em campo em Copas do Mundo. Ao todo, foram sete jogos.
— Ele fez gols nos dois Mundiais. É um clássico meia de criação. Não é alto, mas é um jogador de talento, que cresceu bastante ao jogar ao lado de James Rodríguez - define o jornalista Gabriel Chemas, da rádio Caracol, da Colômbia.
Para seus 25 anos, Quintero já é bem rodado. Surgiu nas categorias de base do Envigado, de onde logo foi levado para o Atlético Nacional de Medellín. Na Europa, passou pelo Pescara, da Itália; Porto, de Portugal; e Rennes, da França. Em 2016, chegou a despertar o interesse do Inter.
— Possui um chute de média e longa distância muito bom. Cobra faltas, escanteios e é muito bom passador. Quando joga com ponteiros rápidos, se associa muito bem porque infiltra passes nas costas dos defensores. Estamos falando de um jogador que está no top 10 da Colômbia. Depois de James Rodríguez, é o segundo melhor criador que temos. Não entendemos porque não tem continuidade como titular no River. Deveria ser titular em qualquer equipe que jogar - conclui Gabriel Chemas.