A postura da direção do Grêmio foi de preferir não revelar os fatos ditos por Renato e que seriam o verdadeiro motivo para a briga generalizada no corredor de acesso aos vestiários, após o clássico Gre-Nal 417, neste domingo (9), no Estádio Beira-Rio. Porém, Odorico Roman, ex-vice de futebol do Tricolor, resolveu acabar com o mistério.
Após a coletiva de Renato, o ex-dirigente revelou, em seu perfil oficial no Twitter, qual seria o episódio ocorrido em março, no Beira-Rio, durante o Campeonato Gaúcho. Segundo ele, na ocasião, os jogadores do Inter pediram ao elenco do Grêmio para não humilhá-los e controlar as provocações.
"Para quem não entendeu a fala do Renato: profissionais do Inter pediram para o Grêmio não humilhá-los, quando estavam caindo pelas tabelas, no Gauchão. Só digo isso", escreveu Odorico, que deixou o clube em janeiro deste ano e não estava presente no jogo do Gauchão.
Sobre o suposto "arrego" pedido ao Grêmio, os jogadores do Inter negam. Rodrigo Dourado, capitão colorado, afirmou que não sabe da existência dessa conversa.
— Não sei de onde tiraram isso, não estou sabendo de nada. Tem que perguntar para o Renato e para a diretoria do Grêmio para que eles expliquem isso — declarou.
A mesma linha seguiu a direção colorada. Roberto Melo, vice de futebol do Inter, também disse desconhecer o pedido.
— Por parte da direção, posso garantir que jamais houve pedido de arrego — disse.
A direção gremista evitou colocar mais lenha na fogueira. Romildo Bolzan Jr., presidente tricolor, usou a expressão "ética do vestiário" para evitar revelar o real motivo que gerou a briga no túnel.
— Se há uma coisa no futebol, no vestiário e sua cultura, é uma ética. A ética implica em guardar situações feitas na intimidade e no respeito. Aqui foi alertado para uma situação onde o Grêmio pediu respeito. O fato que aconteceu fica por conta daquele momento —afirmou.
Com a derrota, o Grêmio parou nos 41 pontos e é quinto colocado na tabela do Brasileirão. Já o Inter, se manteve na liderança do campeonato com 49 pontos.