Apesar da vitória do Inter por 1 a 0, o principal assunto do Gre-Nal 417 foi a briga no túnel dos vestiários após o jogo. As provocações pelo lado colorado não foram bem recebidas pelos gremistas e o clima tenso tomou conta do Beira-Rio. Após a confusão, o presidente Romildo Bolzan falou do ocorrido. Mas adotou tom político sobre os motivos da revolta.
— Se tem uma coisa na cultura das nossas relações com os adversários é a ética. Isso implica em guardar situações feitas na intimidade e no respeito. Aqui foi alertado uma situação em que o Grêmio pediu respeito. O fato que aconteceu fica pelo momento. Se alguém quiser dizer que participou, coloque. Mas hoje o Grêmio foi desrespeitado. A situação de urbanidade deve imperar. Recebi recado que os jogadores tiveram participação, pessoas que provocaram. Essas coisas devem ser evitadas — disse o presidente.
O presidente do Grêmio também comentou sobre a tentativa do técnico Renato Portaluppi em visitar o vestiário do Inter. O treinador foi contido por seguranças colorados e teve de voltar para o local designado para a delegação tricolor no Beira-Rio.
— O Renato fez isso com razão. Reitero a questão da ética. Aqui se pediu respeito, não vale a pena lembrar sobre o que ocorreu cinco meses atrás. É relatar uma situação que ocorreu na intimidade do vestiário, não se repita o que aconteceu hoje ou no futuro por conta dessas relações próprias no futebol — disse Bolzan, que evitou falar sobre um possível pedido de "arrego" do Inter nos Gre-Nais do Gauchão:
— Pergunte a quem pediu, se quiserem confirmar. Eu fico por aqui, não me cabe fazer comentário fora disso. Se alguém acha que esses valores são relativizados de vez em quando, que podem ficar relativizados pela vitória. Como disse o Renato, é saber ganhar e saber perder alertando para o fato. Se alguém escreveu em redes sociais, que se justifique. O que não pode acontecer é não saber se comportar.