São absolutamente compreensíveis as observações de Renato Portaluppi, quando afirma que os jogadores do Grêmio são humanos, e que não é possível colocar o time titular em todos os jogos. Até acho que aquele assunto chato de "qual campeonato é prioridade", "onde poupar" e blá blá, ficou para trás. Acredito que a torcida entende que o técnico e a direção estão fazendo o melhor, e tentando fazer as melhores escolhas para que o clube vá bem nas três competições.
Externamente, é claro que o discurso é o protocolar: o Grêmio é um time grande, não prioriza competições e toda aquela coisa. Mas não é difícil imaginar que, internamente, a direção e o técnico não tenham uma prioridade. No chute, eu até arrisco qual é: a Copa do Brasil, de tiro bem mais curto, e que paga uma baita premiação.
Porém, eu diria que pode ser um caminho mais arriscado, principalmente pela bola redonda que o Grêmio vem jogando, e pelo estilo de cada competição. Para sustentar a afirmação, uso um exemplo bem recente: em um campeonato longo e de pontos corridos, como o Brasileirão, um resultado como o empate contra o Atlético-PR, na Arena, é perfeitamente reversível nas 36 rodadas que faltam.
Ainda mais levando-se em conta o fato de que o Grêmio havia vencido a primeira partida fora de casa, contra o Cruzeiro. O time é muito regular, parece talhado aos pontos corridos, nesse momento, com um estilo de jogo que terá muita regularidade ao longo do ano, e com o melhor elenco do país, neste momento.
Em uma competição de mata-mata, porém, o cenário muda completamente. Sem gol qualificado, então, ainda mais. Se o time tem uma má jornada, ou não consegue ganhar a primeira partida em casa, o que é bem possível e normal de acontecer, complica todo o planejamento da competição.
Meu palpite está dado. Que a direção tome a melhor decisão. Ou, vai saber, que o Grêmio ganhe todas as competições do ano (sonhar não custa nada).