A conquista do bi da Recopa do Grêmio, nos pênaltis, teve sabor especial para Marcelo Grohe. Depois de ter participação decisiva no tri da América, com a defesa histórica contra o Barcelona-EQU, na seminal, o goleiro foi o protagonista da conquista em frente ao torcedor na Arena ao pegar a última cobrança de Benítez.
No Grêmio há 18 anos, Grohe conquistou seu terceiro título de expressão com a camisa tricolor. Antes, teve participações importantes na conquista da Copa do Brasil, em 2016, e também da Libertadores em 2017. Mas, agora, foi grande responsável pela segunda taça da Recopa obtida pelo Grêmio em cima do Independiente.
— Fico feliz em ajudar num momento tão importante. Eu estava angustiado por não ter pegado nenhum pênalti. Nossa equipe teve competência para converter as cobranças, tivemos tranquilidade para fazer os cinco gols. No final, foi emocionante quando consegui fazer a defesa. Mas o título é de todos — avaliou o goleiro.
A confiança de Grohe também passou pelo técnico Renato. Após o final da prorrogação, antes da série de pênaltis, o treinador fez uma espécie de profecia:
— Falei ao Marcelo antes das cobranças que ao menos uma ele ia pegar — comentou o treinador.
A conquista do terceiro título em 18 meses foi exaltada por Renato, que brincou com o ciclo vencedor que rompeu um hiato de 15 anos sem grandes conquistas.
— Eles aprenderam a gostar de ganhar. No momento em que você prova e gosta, vai querer sempre. Vamos correr atrás de títulos. Confesso que estou cansado aqui no Grêmio, mas não é de trabalho não. É de dar voltas olímpicas — sorriu Renato.
Ao lado do técnico na entrevista, o capitão Maicon, que levantou o título da Recopa ao lado de Geromel, destacou a importância de Renato no momento do clube.
— Ele é um cara campeão, chegou em um momento difícil e nunca colocou o grupo para baixo. Quando a gente estava tomando porrada (em 2016), o Renato chegou e disse que ninguém tinha esquecido de jogar bola. O presidente também foi importante: quando estávamos em um momento difícil, ele foi nos abraçar e dizer que acreditava no grupo — explicou Maicon.
Em relação ao jogo de sábado, contra o Novo Hamburgo, contra o Gauchão, Renato não confirmou se utilizará uma equipe totalmente reserva. Mas esta é a tendência, já que o grupo deixou o gramado exausto por disputar os 90 minutos, no tempo normal, e mais os 30 da prorrogação. Segundo Maicon, os jogadores desejam entrar em campo para tirar o time da lanterna do Gauchão, mas ressaltou que tudo será definido pela comissão técnica.
— A gente quer jogar sempre, temos pessoas capacitadas que vão analisar como cada jogador está. Mas está próximo o jogo da Libertadores. Nos encontramos em um momento difícil, todos os jogadores precisam estar bem para que a gente saia desta situação — avaliou Maicon.