Visto apenas pelo resultado (empate fora de casa na Libertadores), o 1 a 1 da noite desta terça-feira contra o Defensor, em outras épocas, seria considerado bom. Porém, para o atual campeão da América, não foi bom. Por, basicamente, dois motivos.
Primeiro, e mais preocupante: o desperdício de chances de gols (como já havia acontecido contra o Independiente, na final da Recopa), me lembrou aquele time do Roger, de 2016, antes do estouro do Pedro Rocha. Tocava a bola, jogava bem, envolvia o adversário e, na hora H, o gol não vinha. Everton tentava de tudo que é jeito, Pedro também, e nada.
Nesta terça, aconteceu a mesma coisa. Sempre tinha aquela perna salvadora da zaga quando algum atacante ia concluir. Quando Pedrinho estourou e, depois, quando Barrios veio, em 2017, as coisas mudaram. A bola passou a entrar, pela qualidade superior do centroavante e Everton voltou a ser o excelente reserva que era, decisivo em muitos momentos.
O segundo, menos preocupante, tendo em vista que a zaga do Grêmio não é dada a erros tão bizarros, foi a falha amadora que nosso sistema defensivo apresentou no gol do Defensor, somente três minutos após termos feito nosso gol. A zaga marcou a bola, batemos cabeça, deixamos o adversário quase que se abaixar para cabecear e empatar a partida, em um resultado que se mostrou injusto.
No resto, o Grêmio foi bem. Dominou o fraco time do Defensor, teve várias chances de gol e quase não foi ameaçado. Para a primeira fase da Liberta, tá ok, não precisamos muito mais do que isso. Obviamente, temos que dar o desconto da falta de Arthur, um dos craques do país no momento. Mas existe uma urgência de centroavante. Com ele, temos boas perspectivas em 2018. Sem ele, será sofrido.