O técnico Renato Portaluppi lamentou o erro defensivo do Grêmio que permitiu o empate do Defensor-URU na estreia da Libertadores. Apesar das dificuldades de superar a marcação do adversário, Renato deu um voto de confiança para a sua equipe. Confira a análise de Renato sobre a partida:
Análise do resultado
"O primeiro tempo não foi dos melhores, ainda mais a parte técnica. É difícil jogar contra um adversário que faz uma linha de quatro e uma outra linha de cinco próximas da sua área, esperando um erro do Grêmio. É difícil furar. Acertamos algumas coisas no intervalo e fazemos mudanças para o segundo tempo. Conseguimos o que estava difícil, que era fazer o gol. Levamos um gol que não costumamos levar. O adversário cabeceou a bola sozinha. Deixamos de conquistar uma vitória no Uruguai, mas um ponto está de bom tamanho. Ficou o gostinho de que poderíamos ter saído com uma vitória na estreia".
Razão para apenas quatro gols marcados em cinco jogos no ano:
"É um pouco de tudo, mas falta de ritmo de jogo. Eu falo que o campeonato começou com meu time de férias. Tivemos uma competição de duas partidas e conquistamos o título. Estamos devendo, mas só com a sequência de jogos vamos atingir o nível do ano passado. Os jogadores estão sem o ritmo necessário. Essa melhora pode cobrar, mas só com a sequência de jogos. Todo mundo vê o Grêmio como o campeão da Libertadores, será sempre uma Copa do Mundo. Não é fácil furar o bloqueio, com o risco do contra-ataque do adversário. Fizemos poucos gols, mas já conquistamos um título e um ponto na estreia fora de casa da Libertadores. Vamos seguir trabalhando para melhora".
Motivo para Cícero como centroavante:
"É opção minha, são as oportunidades que os jogadores recebem. Precisam dar o máximo. É minha opção, é o que temos treinado. O Jael tem entrado bem nos jogos, o Hernane vai receber oportunidades também. Quando o jogador entrar em campo, precisa provar que é titular. Mas com este esquema, e em 30 dias, já conquistamos um título".
Como furar as defesas?
"Não é fácil, é a mesma coisa de jogar com uma linha de quatro e outra de cinco. Se o adversário tira teu espaço, com um monte de jogadores na meia lua, fica difícil penetrar. Tem pouco espaço entre a área e o goleiro. Tem que ter paciência. Treinamos isso, no Gauchão é difícil. Não podemos nos precipitar para não levar o contra-ataque e o gol. Podemos ter uma sorte melhor. Criamos situações e fizemos um gol. É difícil jogar contra um adversário fechado".