A imprensa espanhola se dividiu entre elogios e críticas ao Grêmio em sua cobertura da final do Mundial de Clubes. Os jornais As e Marca, os principais periódicos esportivos de Madri, citaram que o adversário do Real na decisão marcou muito e jogou pouco. Ou, como disse o As, foi "muito escudo e pouca espada".
Por outro lado, as publicações teceram elogios à organização do time de Renato e o Marca chegou a mencionar que os dois zagueiros gremistas jogaram "com a faca na boca", em meio a considerações de desaprovação a entradas violentas do Grêmio, como a de Geromel em Cristiano Ronaldo no início do jogo. Para o As, "esse foi o Grêmio, um time do Sul do país, 'brasiguaio', fibroso, hermético". O jornal ainda afirmou que, ao contrário da semifinal do Real contra o Al Jazira, foi "uma partida de verdade, em zona militarizada, com uma equipe inferior, mas muito preparada tática e animicamente".
Na reportagem sobre a partida, o Marca cita a entrada de Sergio Ramos sobre Ramiro, que motivou protestos de pênalti dos jogadores gremistas, como um lance "polêmico". Mas o analista de arbitragem do periódico foi mais taxativo: para Andújar Oliver, houve falta do zagueiro do Real dentro da área:
— Sergio Ramos vai ao limite, arrisca demasiadamente em sua entrada sobre o brasileiro Ramiro e o árbitro deveria ter assinalado a pena máxima.
Para Diori Vasconcelos, comentarista de arbitragem de GaúchaZH, não houve pênalti.
Os dois jornais citaram as dificuldades do Grêmio por conta da ausência de Arthur. Para o Marca, o desfalque, combinado com a eficiência do Real Madrid, obrigou "Luan a buscar a bola perto de sua própria área".
Os espanhóis ainda destacaram as boas defesas de Marcelo Grohe após o Real abrir o placar. E, para o As, o Grêmio "permaneceu imutável" e atuou "como se não tivesse acontecido o gol" após Cristiano Ronaldo colocar o Real em vantagem.