Foi precedida de um suspiro a primeira fala de Renato Portaluppi na entrevista coletiva após a classificação para a final da Libertadores. A justificativa para o ato do treinador veio logo na frase que abriu seu discurso:
— Sufoco, né?
De certa forma, foi. Mesmo com a goleada por 3 a 0 em Guayaquil, o Grêmio, nesta quarta-feira (1º), não fez uma grande partida — algo dito pelo próprio técnico — e acabou perdendo por 1 a 0 para o Barcelona-EQU. O suficiente, ainda assim, para avançar à decisão.
E é nela que o clube já pensa. Embora trate de dizer que usará titulares em algumas partidas do Brasileirão, a fim de dar ritmo de jogo aos atletas, Renato já precisou até falar sobre favoritismo no duelo entre Grêmio e Lanús.
— Não tem favorito — disse, de modo político, disposto a evitar polêmica.
Perguntado se Barrios estará em campo na decisão, o treinador não fez confirmação alguma. Mas falou sobre Cícero, que substituiu o centroavante e teve desempenho discreto na Arena.
— Muito cedo para dizer se joga o Barrios, fulano, ciclano. Na minha cabeça é (hora de) comemorar a passagem à final. No dia a dia vamos vendo. Quanto ao Cícero, uma coisa precisa ser entendida. As pessoas não pensam no momento do jogador. Estava parado havia quase três meses. Aí vão perguntar por que começar com ele? Porque tem muitas qualidades. Chuta bem, tem bola aérea boa, se mexe bem, abre espaço. E por que não fez gol de cabeça? Porque precisa ritmo e se pega ritmo jogando. Vai ajudar muito na final, tenho certeza.