O jogo na Arena não teve vida própria. Ele foi uma continuação do 3 a 0 no Equador. Aquele resultado até certo ponto esdrúxulo entrou em campo totalmente. O Grêmio desacelerou. Deu a bola ao Barcelona, que não sabia o que fazer e começou a tentar jogadas individuais com seus extremas, Marcos Caicedo e Esterilla. E a adotar o Balonismo F.C. Lucidez? Nenhuma. Por isso o jogo ficou feio.
O Grêmio, radicalmente pragmático, não queria saber de jogo para forçar o erro equatoriano. Neste cenário, o Barcelona fez o seu gol no primeiro tempo com Jonathan Álvez e até acertou a trave de Grohe. Mas nada ameaçador da vantagem trazida de Guayaquil. Era como se estivesse 3 a 1, e não derrota de 1 a 0.
Com Barrios novamente lesionado, Renato apostou em Cícero na frente. Não funcionou. Parecia peixe fora d'água, embora já tivesse jogado no lugar. Perdeu dois gols feitos, sozinho, pesado. Fernandinho, sumido, completava o não ataque gremista.
Com Everton no lugar de Fernandinho, e Jael no de Cícero, o time melhorou, ajudado pelo espaço que um adversário, a esta altura kamikaze e cheio de atacantes, ofertava. Por pouco não veio ao menos o empate, até porque os equatorianos cansaram. Vieram quase direto do aeroporto para a Arena. A vaga na final veio com derrota de 1 a 0 e vitória do pragmatismo no placar agregado. Que venha o azarão Lanús, na quinta final de Libertadores do Grêmio.