Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quarta (22), o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, era o reflexo da ansiedade de quem está há poucas horas de iniciar a disputa de uma final de Libertadores. Ele confessou ter perdido o sono à noite e revelou uma mistura de sentimentos:
— Acordei às 5h e perdi o sono. Vim para Porto Alegre com uma mistura de emoções. Vontade de rir, de chorar, de ficar quieto. Estou muito ansioso.
O presidente falou sobre quem pretende ir à Argentina, no jogo de volta, na próxima semana. A partir desta quinta-feira, mais 1 mil ingressos — além dos 4 mil que já foram vendidos — serão disponibilizados para compra no site da Arena.
— Nossa expectativa é de que teremos de 5 a 6 mil torcedores em Lanús — estimou Romildo.
Para o mandatário tricolor, o ano do Grêmio, independente de títulos, é positivo:
— O resultado desportivo do Grêmio esse ano foi extremamente importante. Chegamos às semifinais da Copa do Brasil, temos grande chance de sermos vice do Brasileiro e hoje começamos a disputar a final da Libertadores. O desempenho é altamente meritório, de muito sucesso. E isso vai nos garantir a manutenção como primeiro do ranking da CBF.
Romildo voltou a descartar qualquer possibilidade de se candidatar a senador pelo PDT e garantiu que cumprirá o mandato de presidente do Grêmio até o final:
— É um equívoco relacionar uma possível vitória do Grêmio na Libertadores a uma candidatura minha a qualquer cargo político. Jamais trabalhei com essa hipótese. Não tenho nenhuma intenção de concorrer a nada. Renunciei a presidência do PDT em 2014 para ser presidente do Grêmio. Tenho um mandato até 2019 e ele será cumprido. Isso é um fato consumado.
De acordo com Romildo, o clube está maduro para vencer a Libertadores:
— O coletivo é fundamental. O foco, a vontade dos jogadores de querer vencer. Eles não estão participando de um campeonato. Eles estão desejando um campeonato. Nosso grupo está muito preparado e determinado para vencer.
Sobre o Lanús, adversário do Grêmio nesta noite, Bolzan lembrou que no início do ano já apontava o clube da Região Metropolitana de Buenos Aires como um dos favoritos e destacou a necessidade de respeitar os argentinos.
— Em março ou abril, alguém me perguntou quem seriam os principais adversários do Grêmio na Libertadores. Respondi que respeitava muito os brasileiros, mas que todos deviam prestar atenção também no Lanús. Por que disse aquilo? Porque já tinha visto o Lanús jogar duas vezes. São muito parecidos com o Grêmio na questão da troca de passes. Do coletivo prevalecer sobre o individual. São organizados, experientes e maduros. Merecem todo o nosso respeito — completou.