![Guilherme Artigas / Fotoarena/Lancepress Guilherme Artigas / Fotoarena/Lancepress](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/23778418.jpg?w=700)
Procura-se o antigo Grêmio. Ainda que tenha vencido o Coritiba por 1 a 0 na tarde deste domingo, no Estádio Couto Pereira, o time voltou a jogar mal. O sumiço do bom futebol se explica pela ausência de jogadores lesionados, sobretudo Luan, que, neste domingo, ficou sentado entre os reservas, já sabendo que não entraria no jogo. Mas, como entende Renato Portaluppi, o desaparecimento do estilo de jogo que encantou o país de maio a agosto também pode ser atribuído a uma preservação dos jogadores para a partida contra o Barcelona-EQU, dia 25, pelas semifinais da Libertadores.
O que se viu em Curitiba foi uma soma de muitos erros e omissões. Mas foi, igualmente, consequência da decisão de Renato de atuar sem armadores. Na prática, viu-se um time dando chutões de seu próprio campo, na vã esperança de que Lucas Barrios ganhasse no alto dos zagueiros.
Diante de tamanha ineficiência, o Coritiba, que não vence desde agosto, decidiu atacar. Quase marcou a quatro minutos, quando Grohe espalmou no canto falta batida por Carletto No escanteio, Werley cabeceou com perigo. O goleiro voltaria a defender nova cobrança de falta, mas só a 27 minutos, o que dá uma ideia da pobreza criativa da partida.
Quando compreendeu, finalmente, que tinha como adversário um time precário e, por isso mesmo, candidato a rebaixamento, o Grêmio passou a atacar. Sem armadores, lançou-se à frente em bolas altas, de forma simplificada. Como a 32 minutos, quando Geromel quase marcou de cabeça, em escanteio batido por Fernandinho. Com Fernandinho e Arroyo apáticos, Edilson e Cortez tentaram preencher os espaços pelos lados, mas também sem sucesso.
O jogo, ao menos, ficou sob controle. Até que, a 45 minutos, Cortez foi frouxo na marcação e permitiu que Tiago Real se aproximasse da área, para um chute que saiu muito alto. Renato perdeu a paciência e xingou o lateral pelo erro.
Quem esperava uma mudança de postura do Grêmio no segundo tempo assustou-se ainda mais aos quatro minutos, quando Werley acertou a trave esquerda. Era o retrato de que o time voltara do vestiário ainda sem soluções, só não correndo mais riscos porque o Coritiba já havia perdido um pouco a força e apelava para os balões na direção da área.
Começou, então, o período de mudanças. Primeiro, Renato trocou Arroyo por Everton. Depois, por Beto da Silva. Everton teve mais iniciativa do que o equatoriano e tentou fugir da marcação em investidas pelo meio. O peruano, pouco acionado, chegou a fazer um gol, anulado por impedimento. Já o Coritiba teve duas chances ainda e numa delas Kannemann evitou o pior.
Quando ninguém mais esperava, aos 46 minutos, Jael serviu Ramiro, que encobriu o goleiro Wilson e garantiu o 1 a 0 no Couto Pereira.