São 20 dias até o primeiro jogo pelas quartas de final da Libertadores. Tempo suficiente para Renato agir e afiar outra vez o Grêmio. A queda na semifinal da Copa do Brasil bateu forte na alma gremista. Principalmente, pelo fato de ter caído para um time que era inferior tecnicamente, embora tenha sido mais competente no confronto.
Renato sabe por que perdeu para o Cruzeiro. Tenho certeza disso. O que já é metade do caminho para a retomada. Um dos motivos foi que seu Grêmio maturou antes da hora. Atingiu o ápice em julho e, por aquelas ironias, o calendário marcava as decisões para agosto e setembro.
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A eliminação, mesmo dolorida, tem um lado positivo. Aliás, como tudo na vida, até mesmo aquelas rasteiras que nos deixam sem chão. Sem as finais da Copa do Brasil, Renato ganha tempo para reapertar os parafusos da sua equipe. Na largada, serão 10 dias sem jogos (haverá a Primeira Liga, mas não creio que os titulares estejam nela).
Serão dias para descansar Ramiro, cujo declínio físico é nítido. Também para trabalhar tecnicamente Edílson, que neste ano ainda não repetiu o nível de 2016. E tempo ainda para treinar e fazer a equipe retomar o futebol que encheu os olhos do Brasil e até apareceu no primeiro tempo contra o Cruzeiro, na Arena.
Não falta muito para isso, é bom que se diga. Mas esse pouco permitiu que o Cruzeiro crescesse e vencesse o confronto. O Botafogo, todos sabemos, está longe de ser melhor do que o Grêmio. Mas não o Grêmio do Mineirão. Me refiro ao time que esteve no ápice até meados de agosto e que precisa ser resgatado.