A caça ao líder Corinthians ficou mais difícil. Depois de dominar o primeiro tempo e marcar um gol, o Grêmio cedeu espaço ao São Paulo no segundo e ficou no empate em 1 a 1, na noite desta segunda-feira (24), no Morumbi. Agora, oito pontos atrás do líder, volta-se, outra vez, para a Copa do Brasil. Quinta, em Curitiba, só precisa empatar com o Atlético-PR para avançar às semifinais. Quanto ao São Paulo, segue mergulhado na zona de rebaixamento.
De novo, a maturidade foi a marca do Grêmio na primeira etapa. Já no primeiro minuto, Pedro Rocha preparou jogada pela esquerda e deu a Luan, que chutou fraco, para defesa de Renan Ribeiro.
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Apoiado por cerca de 40 mil torcedores, o São Paulo tentava pressionar, mas esbarrava em um time determinado na marcação, que parecia sempre em vantagem numérica em qualquer parte do gramado. Foi por isso que o São Paulo só conseguiu seu primeiro arremate em chute de longa distância de Jucilei, a 10 minutos, que passou longe da meta.
Ao optar por Maicon, e não Fernandinho para a vaga de Lucas Barrios, Renato certamente pensava em obter superioridade no meio. E, também, em dois volantes de estatura elevada, capazes de oferecer respaldo aos zagueiros. Uma estratégia executada com aplicação e solidariedade. Com Maicon em campo, Arthur atuou adiantado e Luan, sem precisar trocar de função, flutuou com categoria pelo campo, não raras vezes sofrendo com uma marcação faltosa.
O gol foi a reedição de uma cena vista à exaustão ao longo da temporada. Um contra-ataque fulminante, protagonizado pelo cada vez mais decisivo Pedro Rocha, que apanhou a marcação fora do lugar. Aos 19 minutos, ao escapar em alta velocidade pela esquerda, após passe de Geromel, Pedro Rocha deixou Arboleda estendido no gramado, acelerou, ingressou na área e, com calma, ainda ajeitou o corpo para chutar entre as pernas de Renan Ribeiro para vencer o goleiro. Ao todo, foram 70 metros percorridos pelo atacante.
Repetia-se o filme visto recentemente na Ilha do Urubu, contra o Flamengo, e no Barradão, diante do Vitoria: com soberania, o Grêmio se impunha a um adversário assustado. Quando o São Paulo tentava se organizar, era envolvido por uma atordoante troca de passes, quase sempre iniciada pelo dinâmico Arthur.
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Aos 38, Cortez, como um atacante, serviu a Luan, que errou ao tentar por cobertura. Maicon, hostilizado pelas vaias da torcida de seu ex-clube, quase ampliou aos 42. Recebeu passe de Luan e, de fora da área, fez Renan Ribeiro salvar.
O quadro em nada se alterou no segundo tempo, ainda que Dorival Júnior tivesse tornado seu time mais agudo, com Cícero e Lucas Fernandes. O Grêmio seguiu com sua organizada troca de passes, que lhe permitia, em poucos toques, ligar o meio ao ataque. As chances de marcar, contudo, foram raras. Aos 15, Edilson assustou Renan Ribeiro em cobrança de falta.
Na base da empolgação, o São Paulo foi feliz em uma rara falha defensiva. Aos 18, Edimar driblou Ramiro, cruzou, Grohe defendeu parcialmente chute de Lucas Pratto e, na volta, Lucas Fernandes antecipou-se a Geromel e empatou.
A resposta veio em nova falta batida por Edilson, defendida com dificuldade pelo goleiro. Fiel ao estilo ofensivo mesmo fora de casa, Renato trocou Arthur por Fernandinho em busca da vitória. O São Paulo tentava a virada de todas as formas. Até com a ajuda da torcida, que usou laser para atrapalhar Grohe em chute de Cueva, de longe.
Mortífero, o Grêmio quase fez o segundo em duas jogadas consecutivas. Na primeira, Edilson fez bom cruzamento e Fernandinho bateu com violência, para nova defesa de Renan Ribeiro. Na sequência, Edilson preparou de novo e Ramiro concluiu com perigo.
Ficou a sensação de que, se tivesse mantido a mesma concentração, o Grêmio teria obtido sua sexta vitória fora de casa no campeonato. Mas, considerada a força do adversário, seria injusto reclamar do resultado.
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