O Juventude espicha o olho lá da Serra e acompanha com atenção o noticiário envolvendo o interesse do Wolfsburg em Ramiro. O clube ainda mantém 10% dos direitos econômicos do jogador e deverá embolsar mais um percentual pela formação. A coluna conversou com o presidente do Juventude, Roberto Tonietto, sobre essa situação.
O senhor recebeu alguma informação do Grêmio ou dos investidores que detêm a maior parte dos direitos do Ramiro a respeito de possível negociação?
Não, acompanhamos só pela imprensa. Ninguém nos informou nada. O poder de decisão do Juventude é zero. Logicamente, torço muito (para que saia o negócio).
Quanto o senhor estimaria que entraria nos cofres?
Não faço muita ideia. Temos 10% dos direitos econômicos e ainda teríamos a receber percentual perto de 5%, pelo mecanismo de solidariedade da Fifa.
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Imagino que uma venda de Ramiro gire em torno de 5 milhões de euros, o que daria ao Juventude 750 mil euros. O quanto essa quantia ajudaria?
Ô, ajudaria e muito. Conseguiríamos resolver algumas pendências aqui neste ano de Série B.
Falando em Série B, o Juventude contratou 11 jogadores. A folha salarial aumentou muito?
Aumentou, sim. Deu um salto de 50% para este segundo semestre. Mas é importante. Nosso grande objetivo é permanecer na Série B, mas vai que consigamos mais. Nos preparamos também para isso.
O senhor, no início do Gauchão, calculava em 60% a quantidade de jogadores da base no grupo. Como está agora esse percentual?
Em torno de 30%, mais ou menos. Tivemos de nos reforçar para encarar uma competição que é dura e exige que o técnico tenha alternativas.
Virão novas contratações?
Fechado, não dá para dizer que o grupo está. O que combinei com o Gilmar dal Pozzo é que aguardaríamos algumas rodadas, até para ver se tem alguma situação específica (de necessidade de reforços). Se vier mais alguém, será algo pontual e extremamente necessário.