Sou contra usar reservas na Libertadores. Há uma hierarquia de competições, e o tri da América é de longe uma conquista de maior relevância do que o tri do Brasileirão. Nem se discute. A Libertadores leva ao Mundial, e isso alça o clube a um outro patamar. Imagina o que não geraria de receitas no final do ano do Grêmio com a perspectiva de buscar o título nos Emirados Árabes.
Outro ponto que reforça a minha defesa de que os titulares devem entrar em campo contra o Zamora é o fato de a Libertadores ser agora. É preciso decidir na quinta-feira, enquanto no Brasileirão há tempo para recuperar pontos em caso de um revés em Recife. A vaga nas oitavas está garantida. Não tenho dúvida. Só uma catástrofe faria os venezuelanos aplicarem uma surpresa na Arena.
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Renato precisa levar em conta que alcançar os 13 pontos e atingir uma margem razoável de saldo coloca o time entre as melhores campanhas. E isso garante a decisão dos mata-matas em Porto Alegre. O melhor entre os oito primeiros deve ser o River – está a um ponto disso e recebe o Independiente Medellín na última rodada. O segundo lugar será definido no saldo. O Atlético-MG já chegou aos 13 pontos e tem saldo 11. A turma dos 10 pontos precisa superá-lo com gols. Lanús (saldo 10) e Grêmio (saldo 5) são candidatos. Palmeiras, Barcelona-EQU e Botafogo precisariam vencer por nove gols de diferença.
Por esse cenário, Renato acerta ao colocar a Libertadores como número 1 na hierarquia gremista. Há muito em jogo escondido atrás da fragilidade do Zamora.