A defesa do título da Copa do Brasil começará diante do Fluminense. Começará com pedreira. Sem problemas. Vamos respeitar o Flu e jogar com a concentração que a busca pelo hexa exige. Confio no Imortal.
Além de nos tirar da fila de 15 anos sem taças, a conquista de 2016 relembrou ensinamento decisivo nas nossas maiores façanhas: não se escolhe adversário. Se o sorteio colocou um clube grande no caminho, paciência. Vamos encarar. O Grêmio tem time, torcida e tradição para classificar.
Os insucessos do passado cristalizaram o pessimismo e um desejo por sorteios camaradas. Por vezes, a sorte até sorriu, mas faltou futebol. Por isso, o roteiro de penta serve de exemplo da superação.
Ano passado, pegamos o Atlético-PR nas oitavas. Depois de parir um burro para avançar nos pênaltis, o sorteio lançou nas quartas o Palmeiras, virtual campeão brasileiro à época, dono do melhor elenco do país. Era o pior rival disponível nos potes. Pois o Grêmio não se acoelhou. Venceu na Arena e, mesmo num jogo irregular, buscou o empate salvador em São Paulo.
Na semifinal, veio o Cruzeiro, acostumado a nos bater em torneios de mata-mata. Demos uma aula de futebol no Mineirão e só tivemos de administrar na Arena. Isolamos o retrospecto negativo.
Na grande final, o favoritismo ficou no colo do Atlético-MG, que ostentava Victor, Marcos Rocha e Leonardo Silva, além de Pratto e Robinho no ataque. Outra aula em Belo Horizonte, seguida do empate libertador em Porto Alegre. Fim do jejum, taça no armário e estrela na camisa!
Se em 2016 só pegamos pedreiras e faturamos o caneco, é possível repetir a dose, desde que haja bom futebol e espírito vencedor. Só chegar junto não basta. Acredito que Renato tem plena consciência disso.
O Flu era o adversário mais encrespado para as oitavas da Copa do Brasil. Renovado, encontrou jovens bons de bola e tem um treinador experiente. Dará trabalho, mas acredito no potencial do meu time. Rumo ao hexa!