No primeiro jogo fora de casa com Renato na casamata, o Grêmio manteve a dupla personalidade no Brasileirão. Um leão na Arena e um gatinho longe dela. Devoto tricolor, tento acreditar em mudanças. Confesso que está cada vez mais difícil.
Confirmada a derrota de sábado para o Cruzeiro, no Mineirão, comecei a ouvir e ler comentários sobre uma suposta "entregada" para prejudicar o rival vermelho. Nada disso. Como sempre, o Grêmio foi incompetente e sem ambição. Foi o retrato fiel de uma equipe que venceu apenas duas partidas fora de casa no Brasileirão.
Diante de tal retrospecto, fica complicado apostar em um bom resultado contra o Vitória. Se o coirmão deixar o Z-4, será por suas próprias pernas. Contar com a ajuda do Grêmio em jogos longe de Porto Alegre é esperar Papai Noel no Carnaval. Ele não virá.
Nossa performance inofensiva como visitante sepulta qualquer tentativa de reação em busca de vaga na Libertadores. Estamos a oito pontos do G-4 e a seis de um eventual G-5, mas só vamos escalar a tabela com outra postura. Será que dá tempo? O Brasileirão ainda tem dez rodadas.
Pé torto
A dificuldade dos atacantes do Grêmio para marcar gols é lamentável. Contra o Cruzeiro, voltamos a rasgar chances fáceis. Luan errou por caprichar demais. Pedro Rocha se repetiu. Luan é nosso artilheiro no Brasileirão com seis gols, seguido pelos meias Giuliano e Douglas, com quatro. Pedro Rocha e Everton guardaram duas vezes, menos do que Pedro Geromel (três). Em outubro, o torcedor não pode se iludir com mudanças de panorama. Vamos com sofrimento até o final do ano.