Mesmo que a equipe possa sentir a falta de Giuliano ao longo do Brasileirão, o Grêmio fez um bom negócio ao vendê-lo para o Zenit-RUS. Aguerrido em campo e elogiado por sua função tática, o meia reprovou na relação custo-benefício. Era caro demais pelo o que entregava em campo.
Segundo Zero Hora, o Grêmio poupa R$ 600 mil mensais com a saída do atleta. Um jogador com tal salário precisa ser o dono do time, precisa liderar a equipe com lances decisivos em jogos decisivos. É importante registrar que jamais faltou empenho a Giuliano em sua passagem pelo Grêmio. Faltaram taças. Ele sai sem vencer um mísero Gauchão.
Os números do meia foram bons: em 110 jogos, marcou 19 gols e deu 20 assistências. Acredito que o lance de Giuliano que ficará na memória dos tricolores ocorreu no inesquecível Gre-Nal dos 5 a 0. Com um petardo, Giuliano abriu o caminho para uma vitória memorável.
O meia regressa ao Leste Europeu, onde ganhou a elogiada consciência tática e perdeu o que tinha de melhor: o drible para frente. Adquiriu músculos demais, ficou pesado e já não tem o arranque suficiente para ultrapassar o adversário e concluir com força e precisão.
Além de aliviar a folha salarial, a venda coloca R$ 5 milhões no caixa do clube e recupera o investimento de Celso Rigo, mecenas que bancou a vinda de Giuliano da Ucrânia. Talvez Rigo auxilie na busca de um substituto. Por ora, as opções não são de entusiasmar, por isso a tendência de sentirmos a falta de Giuliano.
Ramiro, Pedro Rocha e Negueba jogam menos do que o antigo titular. No trio, prefiro Pedro Rocha, mais agudo e que busca o gol, mas temo que a preferência de Roger será pelo esforçado Ramiro. Por isso, a urgência em encontrar no mercado um substituto de maior qualidade.