Nos primeiros dias, a perspectiva de não contar com Geromel no Gre-Nal gerou pânico entre os torcedores do Grêmio.
A segurança só veio com a atuação de Rafael Thyere na vitória contra o Santos. No clássico, seguindo as orientações do próprio Geromel, o paraibano de 23 anos simplificou as jogadas e, junto com Fred, passou a segurança que a defesa havia perdido.
O desempenho foi tão bom que Roger Machado perdeu a pressa em chamar de volta a zaga titular. Feliz, Thyere promete não se deslumbrar.
Como tem sido a tarefa de substituir Geromel, que é um ídolo dos torcedores?
É uma honra muito grande pelo tamanho que ele tem no Grêmio. Me espelho nele, tanto dentro quanto fora de campo. Um sujeito sensacional, que senta com você para passar orientações. Para mim, é o melhor zagueiro brasileiro, um ícone.
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Que orientações Geromel passa?
Ele e Rhodolfo sempre diziam que, quando a oportunidade surgir, o zagueiro tem que ser o mais simples e seguro possível. É básico para a posição. Fiquei com isso na cabeça.
Esperava que sua situação se modificasse tão rapidamente?
Em duas semanas, tudo mudou. Numa, eu nem conseguia jogar. Na outra, já havia participado de um Gre-Nal com vitória no Beira-Rio. É inexplicável. Mas não confundo as coisas. Tenho de melhorar muito ainda. Sei que é muito bom, mas é só o começo. Não posso me deslumbrar. Sei que estou tendo a chance da vida.
Os torcedores já passaram a reconhecê-lo nas ruas?
Eles agradecem pela vitória e por termos dado a vida no Gre-Nal. É legal, eu nunca tinha passado por isso. Estou conquistando meu espaço aos poucos, mas sei que nada é definitivo.
No Gre-Nal, a zaga teve bom desempenho. Mas, até então, sofria críticas. Por que o time sofre tantos gols de bola área?
O mais fácil, nessas horas, é dizer que a zaga falhou. Mas, às vezes, não se enxerga o mérito do cobrador ou do cara que cabeceou. Como naquele gol do Santos. O zagueiro que deu o primeiro (Gustavo Henrique) toque tem muita estatura e não conseguimos evitar. O segredo é estar concentrado e bem posicionado. Treinamos bastante. Mas, gols de cabeça, todos tomam.
Roger aprovou sua atuação e a de Fred. Tanto que já não tem pressa na volta de Geromel e Wallace Reis. Como vê isso?
Fico feliz por ele ter falado isso. Fred também foi muito bem. E é complicado voltar a jogar depois de lesão. Escutar isso do professor é uma honra. Ele sempre nos pede para treinar como se joga, com a mesma intensidade. É o que eu tento fazer.
Como você começou no futebol?
Saí de casa muito cedo, com menos de 12 anos, para jogar no Corinthians de Maceió. Só que me colocaram a jogar com os mais velhos. Nem me colocaram para estudar, como tinham prometido. Passei até fome. Voltei para casa pouco depois. Minha mãe disse que eu parecia um picolé de tão magro, com a cabeça grande. Depois, fui para o Paulista de Jundiaí. E tudo melhorou. Hoje, telefono para meus pais todos os dias. É como um ritual para mim. Me emociono quando falo neles.
Como veio para o Grêmio?
Fui trazido em 2011, depois da Taça São Paulo. Vim emprestado e depois fiquei em definitivo.
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