Um problema crônico da temporada complicou a classificação do Grêmio à final do Gauchão. A bola aérea defensiva levou o Juventude à vitória por 2 a 0, que nos obriga a vencer por três gols de diferença na Arena.
Completo, o Grêmio tem time para virar domingo, apesar de encarar uma equipe bem organizada e perigosa. Terá de ser épico, terá de conter a peneira pela alto que fica a defesa, em especial pela ausência de Pedro Geromel.
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Nosso melhor zagueiro fez muita falta. Fará no domingo e no meio da semana pela Libertadores, contra o Rosario Central, já que está com caxumba. Seus substitutos ficam muito aquém das exigências de um time que pensa em títulos. A direção optou por não reforçar a zaga e assumiu o risco. Fred seria um quebra galho, jamais titular absoluto. Idem para Bressan.
Misto, em virtude da maratona de jogos, o Grêmio entrou para empatar em Caxias. Fazia um jogo razoável, com controle de bola, até Marcelo Grohe e Fred falharem em um escanteio. O gol de Roberson foi o primeiro furo da noite. Em outro escanteio, a defesa viu Klaus vir de trás solito para guardar. Fred ainda quase entregou o terceiro.
Em meados de abril, Roger Machado não conseguiu firmar um sistema defensivo sólido. Bola na área vira um drama, acentuado sem Geromel. Assim, vamos sofrer para conter a boa equipe do Rosário. Será um confronto de duas equipes de bom toque, que gostam de bola no chão e que furam atrás.
Voltando à derrota para o Ju, o Grêmio não quis ganhar. O goleiro rival só aparou cruzamentos, teve trabalho apenas em uma falta cobrada por Fred, que acertou o travessão. Nossa criação foi zero. Lincoln teve uma noite patética, correu como se fosse mais velho do que Douglas. Marrento, quase foi expulso, deu uns toques de lado e foi mal na bola parada. O torcedor esperava mais do guri em um jogo decisivo. Que sirva de lição a atuação mixuruca.
Sem criação, tocamos bola com desenvoltura até a intermediária. Depois, Pedro Rocha, Everton e Bobô só trombaram. As entradas de Luan e Bolaños não ajudaram. Foi vexatório o desempenho ofensivo.
Fico preocupado com a derrota, que pode resultar no fiasco da eliminação precoce no Gauchão. A maratona não é desculpa, a direção investiu para termos um elenco capaz de suportar o cansaço. O Imortal patina no jogo quente, algo que já ocorreu em 2015 na Copa do Brasil.
Confio na virada domingo. O Grêmio que bateu LDU e Toluca, na hora quente da Libertadores, pode eliminar o Juventude. O Grêmio que foi a Caxias satisfeito com empate, sem criação e com excesso de toques de lado, verá as finais do Gauchão do sofá de casa. E sofrerá para bater o Rosario Central.
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