Campeão e melhor jogador da Libertadores pelo Inter em 2010, Giuliano agora pretende fazer história na competição com a camisa do Grêmio. Uma das referências da equipe, o meia é uma das apostas de Roger Machado para o jogo de ida pelas oitavas de final contra o Rosario Central, às 21h45min, na Arena.
De grande atuação contra o Juventude, Giuliano acredita que a eliminação no Gauchão não afetará o desempenho do time. Entende que os espaços deixados pela defesa do Rosario, que ataca constantemente, podem ser explorados para encaminhar a classificação. A obsessão do grupo, como ele conta, é pelo título da Libertadores. O meia acredita que o Grêmio pode conquistar o tri da América.
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A queda no Gauchão terá reflexos na Libertadores?
Nada muda em relação ao nosso foco e objetivo principal, que é Libertadores. O resultado final contra o Juventude não diz o que foi o confronto. Estamos tranquilos, porque fizemos o nosso melhor. Se repetirmos este nível de atuação, temos grandes chances de passar às quartas de final.
O Rosario ataca em bloco e marca alto. Como superar isto?
Se eles conseguirem pressionar no nosso campo, significa que vamos encontrar espaços nas costas dos laterais e dos zagueiros do time deles. É justamente esses espaços que precisamos usar para atacar.
Como encarar um time que prima pelo futebol ofensivo?
Acho que o Rosario Central tem características de jogo parecidas com às do nosso time. Será um jogo muito interessante, com grandes emoções. Esperamos marcar bem o adversário e ter boa qualidade com a bola no pé.
Como evitar problemas com a catimba dos argentinos?
É algo que estamos acostumados, principalmente contra equipes sul-americanas. A gente catimba menos. Eles fazem isso pela cultura, por natureza. A gente não pode cair na pilha deles e esquentar a cabeça. Precisamos conter reações ríspidas para não prejudicar nossa equipe.
A entrada do Bolaños será um diferencial contra o Rosario?
Ele é um cara diferente. Foi por isso que ele foi contratado. Pelas estatísticas, pelos números que ele tem. É um jogador importante, que está se encaixando em uma equipe bem montada. Acho que ele vai dar a contribuição que a gente precisa. Seja iniciando a partida ou entrando no decorrer dela.
Ele sofreu muito com esta lesão e o afastamento do time?
Não posso falar por ele. Imagino que foi doloroso sair do hospital sem poder se alimentar direito por não ter condições de mastigar. Mas ele estava sempre sorridente na fisioterapia, fazendo o trabalho da melhor maneira. O importante é ele voltar sem medo, com confiança, para dar o máximo em campo.
Que lições o Grêmio tirou dos jogos pela fase de grupos?
A gente classificou em um grupo muito difícil, enfrentando adversários que tinham potencial de brigar por título na competição. Estamos felizes com o que estamos produzindo. Agora é manter isso nesta próxima fase da Libertadores.
Como explicar este crescimento do Walace no meio-campo?
Ele está jogando mais para frente. Antes, só marcava, que é uma característica boa dele, e dava o passe muito de lado, para trás. Agora, consegue chegar à frente, algo que o Roger implementou. Isso facilita quando ele tem o Maicon ao lado. É crescimento coletivo, que faz a característica dele se tornar evidente.
Existe uma fórmula para ser campeão da Libertadores?
Isso passa por coisas que o nosso grupo tem. União, amizade, vontade de vencer, garra durante os jogos. Em muitas partidas, você não joga bem. Mas precisa vencer. A Libertadores é diferente: não ganha quem joga melhor, mas quem é mais eficiente, quer mais, tenta mais. Nós temos este espírito aqui dentro.
Você decidiu para o Inter contra o Estudiantes. Poderá fazer o mesmo pelo Grêmio contra o Rosario?
A história é diferente, o momento e o adversário são outros. Aquilo fica como uma lembrança marcada na história. Mas hoje eu tenho que fazer uma outra história dentro do Grêmio. A gente precisa vencer, independentemente de quem faça o gol. Se eu não fizer, quero que minha equipe vença. Este é o objetivo.
Pelo investimento na sua contratação, você se sente em dívida com o torcedor?
Não vejo dívida. Em todo o jogo eu dou o meu melhor, saio com a cabeça tranquila. O torcedor se encanta com a entrega, vontade em campo. Quanto a isso, a torcida nunca vai poder reclamar de mim. O que mais queremos é conquistar a Libertadores, precisamos dar um título ao nosso torcedor.
A função que você faz hoje é a mais difícil da sua carreira?
Acredito que sim. Consegui colocar mais intensidade agora. Já atuei como segundo volante no Dnipro, e também como segundo atacante. Mas como extrema pela direita, você tem de voltar muito, acompanhar o lateral e ter força para atacar. É muito difícil fazer esta função, você precisa estar bem fisicamente.
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