
Grêmio, Botafogo e os representantes de Henrique Almeida reuniram-se na última semana. Para o Grêmio, o encontro foi uma forma de auxiliar o Botafogo, que já perdeu em duas instâncias na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, a finalizar um acordo com o jogador. O clube está interessado em garantir a tranquilidade de Henrique para se dedicar aos jogos e treinos, sem as distrações de uma batalha nos tribunais por seu direito de exercer a profissão.
Aos moldes do que o Grêmio fez com Kleber Gladiador, o Botafogo está negociando um acordo com Henrique Almeida para resolver a questão dos valores de salários e outros encargos atrasados, o que possibilitou ao jogador rescindir seu contrato na Justiça. Como é improvável reverter a situação na Justiça do trabalho, os advogados do clube carioca propuseram um acordo nas últimas semanas: acertar um valor de indenização ao atleta e encerrar o caso.
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Além de tentar acertar a situação com o jogador, o Botafogo também conversa com o São Paulo para resolver a dívida, que também não foi paga, da aquisição dos direitos econômicos.
Para garantir que Henrique Almeida não tenha distrações com audiências e outras questões jurídicas, o Grêmio se colocou à disposição para auxiliar nas conversas, mas apenas na posição de mediador.
– O jogador quer tirar a reclamatória trabalhista, viver tranquilo. Hoje ele é um ativo do clube. Queremos estar juntos na mesa de negociação para auxiliar – afirmou o advogado Gabriel Vieira.
Por ser o atual dono de 100% dos direitos do atleta, o Grêmio quer que todas as partes se acertem. Mesmo assim, descarta envolver atletas ou qualquer valor para compor uma negociação. A direção preza pela boa relação com o São Paulo – construída com as negociações recentes de Rhodolfo, Souza e Maicon –, e com o Botafogo, mas, na avaliação do seu departamento jurídico, não vê riscos em perder o vínculo de Henrique Almeida ou receber alguma outra punição por ter feito a contratação.
Antes de sacramentar a proposta de quatro anos de contrato, o Grêmio se resguardou para evitar ser atraído a uma briga jurídica com São Paulo e Botafogo pelo atacante de 24 anos.
Além de contar com um histórico favorável, já que reversões de casos semelhantes são raras, o Departamento de Futebol também colocou cláusulas no contrato com o atacante que protegem o Grêmio na improvável hipótese de o Botafogo recuperar os direitos do jogador na Justiça.
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