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Empatar com o Corinthians em Itaquera é sempre um bom resultado. O Grêmio não pode se queixar do 1 a 1 nesta quarta-feira. Nem quando estava 1 a 0, gol de Bobô, legítimo toque final de centroavante na grande área, a partida parecia definida. Tiago, Galhardo e Thyere facilitaram depois, desatenção pura, e os paulistas acharam o empate.
Um ponto conquistado em São Paulo não é ruim, ainda mais quando o adversário é o líder do Brasileirão e o melhor do país. O Grêmio esteve muito perto da vitória, bem mais do que o Corinthians. Merecia mais, se o futebol oferecesse a felicidade sempre aos melhores dos 90 minutos e dos seus magros descontos. Mas a defesa falhou pelo alto. Os três pontos sumiram. Ficou um, magro, mais raquítico do que os gaúchos mereciam pelo seu desempenho.
Seis pontos separam o Tricolor do Corinthians, três do Atlético-MG, que venceu o Avaí e subiu na tabela com mais três pontos. O título ainda é uma meta do trio. Ninguém pode desistir.
O Grêmio fez um belo jogo. Controlou o adversário na maioria das ações. Foi organizado, criativo e teve chances de gol. Portou-se como um grande. Atacou. Não ficou esperando o rival atrás da linha da bola. Roger dá show como treinador, seu time é seu espelho. É bom ver uma partida com dois times bem treinados, especialmente quando um deles está sob o comando de Tite, um mestre.
Walace ganhou todos os prêmios da partida. Flutuou em todos os lados do campo. Douglas foi seu coadjuvante, mas perdeu um gol no interior da área corintiana, Antes, Bobô desperdiçou outro. Edinho não ficou atrás. Foi um dos melhores.
Gostei demais de Renato Augusto, um jogador de meio-campo que é múltiplo. Joga de volante, meia e atacante. Marcou o gol de empata dentro da grande área.
Nem a fantasmagórica névoa de Itaquera conseguiu ocultar o brilho de um grande jogo.
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