Novo capitão do Grêmio, Maicon é o tipo de líder que cativa pelo exemplo. Desde os tempos de Madureira, onde iniciou a carreira, o carioca de 29 anos é reconhecido pela concentração em campo e a precisão no passe. Ao herdar a braçadeira de Rhodolfo, tomou para si o papel de referência em uma equipe recheada de jovens.
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Para assumir a tarefa, o volante se inspira em sua trajetória. No Madureira, teve parceria duradora com André Lima, um atacante esguio e bem-humorado à época, que anos depois marcaria o primeiro gol do Grêmio na Arena. Se conheceram aos 15 anos, no infantil. E subiram ao profissional com 18, em 2003. Naquele tempo, Maicon, que se já se alternava entre as funções de volante e meia, era um garçom para o centroavante.
- Desde cedo, já se notava que o Maicon era diferenciado. Nossa dupla durou anos e a amizade segue até hoje. Ele é o mesmo cara desde quando começou. O que mudou é que agora ele sabe cabecear, antes ele fugia da bola aérea - brinca André Lima.
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Não demorou muito, Maicon foi emprestado ao Fluminense. Mas teve poucas oportunidades na equipe então treinada por Abel Braga. Também passou rapidamente pelo Bangu antes de parar no Botafogo. E no clube de General Severiano foi colega de outro ex-gremista: o zagueiro Scheidt.
- Ele mostrava personalidade nos treinos e categoria no toque de bola. Lembro dele como um cara querido por todos no vestiário, o que é um requisito para ser líder - conta Scheidt.
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Com poucas chances no Botafogo, Maicon resolveu voltar ao Madureira em 2006. E foi onde tudo começou que o garoto deu uma guinada em sua carreira. Ao lado de nomes como Odvan (ex-Vasco e Santos), Djair (ex-Cruzeiro, Corinthians e Flamengo), Muriqui (ex-Vasco e hoje no Al-Sadd-CAT) e o próprio André Lima, conquistou a Taça Rio (segundo turno) e foi vice-campeão carioca naquele ano.
- O Maicon foi fundamental para o sucesso daquele time. A qualidade do passe dele fazia a diferença. Além disso, já se mostrava muito regular e compenetrado em campo. Sempre estava ligado no jogo - lembra Alfredo Sampaio, técnico do Madureira naquela campanha.
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A projeção no time carioca o levou à Alemanha. Foi vendido em 2007 ao desconhecido MSV Duisburg, onde ficou até 2009. Voltou ao Brasil para atuar no Figueirense jogando como meia, próximo à área. E foi destaque do time catarinense no Brasileirão 2011, quando quase conseguiu vaga na Libertadores.
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Em 2012, foi contratado pelo São Paulo. Viveu altos e baixos no Morumbi. Passou a jogar como volante com Muricy Ramalho, que o elogiava frequentemente. Mas a torcida pegava no seu pé. A gota d'água ocorreu neste ano, contra o Capivariano, pelo Paulistão, em que saiu vaiado mesmo após dar duas assistências para gol.
- É complicado as pessoas ficarem te perseguindo - desabafou Maicon em entrevista a ZH em março.
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Aí surgiu o Grêmio. Indicado por Felipão, Maicon passou a viver nova fase na Arena. Desde a chegada de Roger, se consolidou como referência no grupo. Com a saída de Rhodolfo, virou capitão. Foi abraçado pela torcida. E mostra a cada jogo sua gratidão.
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Dono da braçadeira
Conheça a trajetória do volante Maicon, novo capitão do Grêmio
Amigo de André Lima, jogador se destaca pela liderança e precisão dos passes
Adriano de Carvalho
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