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Aos 23 anos de idade, Rafael Galhardo vê no Grêmio a chance de dar um salto em sua carreira. O polivalente jogador, lateral-direito de origem, que também sabe atuar como volante, chega por empréstimo de um ano junto ao Santos, com quem tem contrato até o final de 2016.
Galhardo é o novo lateral-direito do Grêmio para a temporada 2015
Revelado pelo Flamengo, onde virou profissional em 2009 pelas mãos do técnico Andrade e logo foi campeão brasileiro, disputou o último Brasileirão pelo Bahia, onde marcou um gol de falta em Marcelo Grohe e despertou a atenção do executivo de futebol Rui Costa.
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Em entrevista a ZH, Galhardo, que desembarca em Porto Alegre às 13h30min desta segunda-feira, se define como lateral ofensivo e fala de sua expectativa em trabalhar com Felipão.
Como surgiu o interesse do Grêmio?
Foi no ano passado, depois do jogo Bahia x Grêmio em Salvador, em que eu consegui fazer uma boa partida e marcar um gol de falta. Logo depois do jogo, o Rui Costa entrou em contato com meu empresário e falou do interesse. Eu até tive outras propostas. Mas antes do final do ano, decidi ir ao Grêmio. Alguns detalhes atrasaram a negociação, mas na sexta-feira tive a notícia do acerto.
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Este gol te trouxe para o Grêmio, então?
Foi uma época em que eu estava sem jogar no Bahia. Mas nos últimos cinco jogos, pude ter uma sequência e fazer grandes partidas. Contra o Grêmio, fui premiado com o gol para homenagear minha esposa, que está grávida (Priscila Gomes, deve ganhar a filha Maria Valentina neste mês). No Bahia fiz um gol para ela, no Grêmio também tenho de fazer.
Quais suas características como lateral?
Sou um lateral bem ofensivo. Gosto de jogar na frente, tabelando, chutando a gol. Mas também sou muito atento na marcação. Gosto de jogar no meio-campo, é uma posição que me sinto muito à vontade. Tenho um bom fundamento, que é a bola parada. Espero ajudar o Grêmio da melhor forma e retribuir o esforço que tiveram ao me contratar.
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A polivalência, de fato, é uma característica sua.
No meio-campo, de volante, me sinto bem à vontade. Joguei assim na base, no Flamengo, no Santos e no Bahia. Na lateral esquerda, jogo para completar e ajudar. Mas não é uma posição que posso dizer que sei bastante, fico até meio torto pelo lado. No futebol brasileiro, você precisa saber jogar em mais de uma posição. Quando a chance vem, você precisa estar preparado.
E a facilidade para a batida na bola?
Aprendi demais com o Renato Abreu pelo Flamengo, ele me ensinou bastante. Também aprendi com o Ronaldinho e o Thiago Neves também. No Santos, o Marcos Assunção me ajudou também. Procurei pegar um pouco de cada um para ir melhorando.
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Alguém te inspira como lateral?
Pude aprender muito com o Léo Moura no Flamengo. Treinei com ele quatro anos no profissional. Quando subi, ele me abraçou e me aconselhou muito. Ele foi vencedor no futebol, me espelho nele. Na lateral, é uma referência para eu.
O que um lateral precisa para se destacar?
Considero esta posição uma das mais difíceis do futebol. No Brasil, você precisa atacar e marcar bem. Tem de correr muito, aaber apoiar e defender bem. E para isso, tem de ter um ótimo preparo físico.
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E a oportunidade de ser treinado por Felipão?
É algo único na carreira. Já tive a felicidade de trabalhar com técnicos vencedores, Luxemburgo no Flamengo e Muricy no Santos. Felipão é renomado, técnico da Seleção Brasileira, de Portugal, que já ganhou vários títulos. Espero aprender muito com ele, a forma que ele joga. Que eu possa ajudar ele e que ele possa me ajudar bastante.
Quem você já conhece do grupo do Grêmio?
De jogar contra, em clássicos entre Flamengo e Vasco, eu conheço o Fellipe Bastos. É um cara que já enfrentei muitas vezes e conversamos muito dentro de campo.
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O grupo do Grêmio terá muitos jovens este ano. O que você pensa disto?
É sempre importante valorizar a prata da casa. Valorizar a base. Acho bem importante esta mescla, quando se é jovem não se tem tanta experiência. Em um Brasileirão, isto pesa um pouco. É bom ter alguns jogadores mais cascudos para segurar a bronca. No Grêmio, tem o Douglas, Barcos e o Moreno. São caras mais experientes, que podem servir como espelho para a garotada.
No Bahia você sofreu com lesões, não?
As pessoas acham que machuquei e fiquei muito tempo parado. Na verdade, tive a lesão no início do ano (fraturou metatarso do pé) e parei por três meses. Na volta da Copa, treinava normalmente. Mas alguns técnicos que passaram por lá não me deram oportunidade. Quando o Charles assumiu, me deu chances e acreditou no meu futebol.
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E o rebaixamento do Bahia?
Nas últimas cinco rodadas, a gente precisava de 100%. Quando enfrentamos o Grêmio na penúltima rodada, a gente tinha 1% de escapar. No último jogo contra o Coritiba, teve um momento em que o Palmeiras até estava perdendo. A gente tinha chance. Mas, infelizmente, deixamos para lutar muito no final. Aí a água já estava batendo no pescoço.
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