Dois erros, dois gols.
Foi assim o Grêmio contra o Santos, na Arena. O time de Felipão acelerou as ações, buscou o ataque, reteve a bola no campo inimigo, criou e perdeu chances (a de Luan, na cara do goleiro, consagrou a máxima "quem não faz leva"), mas foi para o intervalo levando 2 a 0.
O primeiro erro é coletivo. No escanteio, David Braz chega a se abaixar para cabecear livre no meio da área, sem Werley perceber.
No segundo erro, Zé Roberto deixa uma avenida às costas. Não é culpa sua. Não se pode exigir que, quarentão, ele recomponha na lateral feito guri, aos 44 minutos. É o ônus de colocá-lo na posição. Quem não sabe disso?
Lucas Lima dominou com o braço no início da jogada do segundo gol. Falha gravíssima da arbitragem. Outra: nada dá certo para Werley, tomando por base o azar no bate-rebate com Robinho. Já com Alan Ruiz, que entrou bem pelo lado, e Biteco nos lugares de Luan e Walace, o Grêmio foi para cima na segunda etapa. Aí imperou um pecado mais complexo: poucos fazem gols no time. Se faltam os de Barcos, ninguém os faz.
Com pequenas variações, mesmo jogando um ótimo primeiro tempo, o que se viu na Arena foi o filme dos últimos 13 anos: o Grêmio se despedindo de mais uma competição importante.
Teve rolo atrás da goleira. De novo. É sempre no mesmo lugar. O goleiro Aranha denunciou ter sido vítima de racismo. A TV mostrou uma mulher chamando-o de macaco e vários jovens fazendo gestos alusivos . Depois, briga. Vem sempre do mesmo lugar, queimando o filme do clube.
Até quando?
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