
Em noite que a transpiração esmagou a inspiração, Santa Cruz e São José empataram em 1 a 1 no Estádio dos Plátanos nesta quinta-feira (1º). O jogo fechou a quarta rodada do Gauchão e manteve embolada a parte inferior da tabela.
No momento, o Galo soma dois pontos na tabela e é o último colocado. Já o São José está na nona posição, com cinco pontos conquistados.
Com aos menos seis alterações com relação ao jogo anterior, os donos da casa entraram em campo com Alexandre Villa; Kevlin, Jefferson, Thiago Sales, David; Amaral, Leylon, Daniel Pereira, Rafael Mineiro; Pablo Bueno e Hugo Almeida. Já o Zeca, com o zagueiro Jadson lesionado e o lateral Dudu lesionado, optou por um esquema de três zagueiros, com Fábio Rampi; Fredson, Carlos Itambé, Tiago Petra; Samuel, Rafael Carrilho, Nonato, Marcílio; Alessandro Vinícius, Kayan e Renê.
O primeiro tempo foi a materialização do chavão: futebol é bola na rede. O São José teve as melhores oportunidades da etapa inicial, inclusive, a primeira delas, com Kayan, aos 7 minutos, que chutou forte, mas por cima do gol. O Santa Cruz se limitou a responder, aos 12, com Hugo Almeida, de cabeça, também para fora.
Brilho, plasticidade e beleza técnica foram adjetivos que passaram longe dos Plátanos durante a noite. Contudo, os visitantes eram verticais quanto tinham a bola — o que por si só já era uma vantagem, já que o Santa Cruz não conseguia propor as jogadas mesmo sob os gritos de incentivo da sua torcida.
Aos 31, Kayan teve a melhor chance até então. Depois de tabela com Renê dentro da área, a bola pegou na trave após toque mínimo de Alexandre Villa.
Já na reta final dos 45 minutos iniciais, outra frase batida veio à mente dos torcedores do São José: a bola pune. Em cobrança de escanteio, Leylon desviou a bola para trás e abriu o placar para o Santa Cruz aos 38. A cabeçada foi despretensiosa e, talvez, não contava com a falha gritante e pouco comum na carreira de Fábio Rampi, que errou o tapa na bola ao tentar tirá-la do gol: 1 a 0 para quem mal conseguiu jogar no primeiro tempo.
O panorama negativo que parecia se tornar positivo para o Santa Cruz teve um revés ainda aos 41. O meia Rafael Mineiro foi expulso ao tomar o segundo cartão amarelo por entrada com o braço demasiadamente aberto na direção de Marcílio.
2º tempo
Com a vantagem na mão e um a menos no campo, o Santa Cruz abdicou do jogo e se agarrou no placar. Foi ataque contra defesa, mas faltava efetividade para o Zeca. O time de Porto Alegre ficou muito próximo do gol aos 4 minutos, quando Marcílio cobrou falta na lateral da área direto para a meta de Villa. O goleiro fez grande defesa.
O empate, no entanto, chegou somente aos 28, fruto de insistência mais do que qualquer outra situação. Marcos Calazans, que entrou no segundo tempo, aproveitou sobra de bola de Villa e fez o 1 a 1.
Os oito minutos de acréscimo postergaram a agonia dos times, para o bem e para o mal. Aos 46 minutos, Villa salvou a equipe mandante ao fazer um milagre e impedir o gol que seria contra do Jefferson. Como um centroavante, o zagueiro meteu na direção da própria meta. Pouco depois, aos 52, o goleiro se tornou o herói do jogo após pegar bola que acertou o travessão. Resultado final: Villa 1, São José 1.