Parado como água de poço. Assim um "gauchão raíz" definiria o empate em 0 a 0 entre Brasil de Pelotas e São José na tarde deste domingo (18), no Bento Freitas. Com o resultado, ambas as equipes chegaram a 11 pontos e se mantiveram, por enquanto, dentro do G-8 do campeonato estadual.
O Brasil de Pelotas iniciou a partida com cinco alterações com relação ao time que havia começado contra o Inter na rodada anterior. Daniel, Adriel, Matheus Marques, Vini Charopem e Tinga foram utilizados nos lugares de Gabriel Biteco, Bruno Reis (suspenso), Maicky, Robinho (lesionado) e Yander. Jefinho foi deslocado da lateral esquerda para a ponta. Pelo São José, Kayan, no lugar de Renê, e Thalis, na vaga de Neko, foram as modificações da partida contra o Caxias, além do retorno do treinador China Balbino, que estava suspenso.
A ventania que tremulava os trapos da torcida xavante no Bento Freitas estava mais agitada do que a etapa inicial de jogo. O primeiro chute em gol nasceu apenas aos 14 minutos. E a chance foi dos visitantes. Em contra-ataque do São José, Matheuzinho apareceu com liberdade para finalizar na entrada da área, mas o arremate saiu sem direção. Logo depois, o Brasil arriscou com Matheus Marques, em disparo de longe que não chegou a assustar o goleiro Gabriel.
Até mesmo os escanteios demoraram a surgir: somente a partir dos 27 minutos. A superioridade era do Zeca no primeiro tempo, que conseguiu ser mais vertical na hora de trocar passes. Tanto que teve a melhor chance dos 47 minutos iniciais.
Aos 41, Jadson completou cruzamento oriundo de bola parada e, de cabeça, quase abriu placar. Ele na defesa de Gabriel, que evitou um desfecho pior para o primeiro tempo do Brasil de Pelotas que decepcionou a torcida presente.
Depois do vestiário
Com as certas cobranças no vestiário e a modificações promovidas ao longo da segunda etapa, a partida melhorou, pelo menos na vontade demonstrada pelos atletas para correr atrás do placar. O lance de perigo, mesmo assim, custou a aparecer. Aos 16 minutos, Fabio Rampi pegou chute que poderia balançar as redes do Zeca.
Aos 22, Matheuzinho aparecia na área em condições de cabecear para o gol, mas a zaga xavante levou a melhor e se antecipou ao que poderia ser fatal. Foi que poderia ser chamado de primeira jogada "trabalhada", com bola de pé em pé, até o momento.
Se construir algo pelo chão estava difícil, Renê ameaçou com uma bomba de longa distância. Aos 25 minutos, a tentativa passou acima da meta defendida por Gabriel.
Outro caminho eram as bolas paradas, como fez Mauricio, aos 28 minutos. Em cobrança de falta pela direita, pela "esquina" da grande área, bateu forte e no canto. Fábio Rampi colocou para fora.
Quanto ao futebol, nada mais a se contar de um jogo que muito pouco acrescentou à história do Gauchão. Fora do campo, o técnico Fabiano Daitx foi expulso por reclamação, aos 47, ao pedir pênalti à favor do Brasil. Nada feito. Tudo igual.