No escaldante verão do sul do Brasil, o Gauchão promete ser um dos mais quentes dos últimos tempos. Em 6 de abril, um clube comemorará não apenas um título que vai para as estatísticas. Vale muito mais do que isso. Neste sábado (20), começa a disputa por uma conquista que vai para a história, independentemente se o troféu termine nas mãos de gremistas, colorados ou de uma terceira força.
Para o Grêmio, vale a confirmação da soberania de uma Era. Está em disputa a chance de ser heptacampeão, feito atingido apenas outras duas vezes na centenária história do Estadual — em 68, com o Tricolor, e 1975, com o Inter, série estendida até o ano seguinte com o octa.
Os colorados querem impedir que a seca de conquistas estaduais chegue ao seu ápice. A última foi na edição de 2016. Antes da sequência de vitórias gremistas ainda amargou o título do Novo Hamburgo, em 2017.
A terceira força desta temporada será o Juventude. Junto com a Dupla, o clube de Caxias do Sul forma a trinca de representantes gaúchos no Brasileirão deste ano. O retorno à elite pode ser combinado com o bi do Gauchão. Fora Inter e Grêmio, somente o Guarany-Ba tem mais de uma taça na competição em sua galeria. O clube de Bagé volta ao torneio este ano.
A meta do Juventude é a mesma do Caxias e do Novo Hamburgo, outros clubes que foram os donos do Estado em uma ocasião.
Além dos clássicos das duas maiores cidades do Rio Grande do Sul, o torcedor terá um terceiro duelo citadino, com o Ave-Cruz, de Santa Cruz do Sul. Avenida e Santa Cruz visam a façanha inédita, mesmo objetivo de Brasil-Pel, São José, São Luiz e Ypiranga.
Serão 78 dias de muita disputa, rivalidade, gols e tradição. Serão 78 dias para um dos 12 participantes fazer história.