Ela foi um dos destaques da fase inicial do Gauchão Feminino. Com a camisa 7 do Pelotas marcou dois dos oito gols da equipe no Estadual. Paola Kichler, de apenas 17 anos, chamou a atenção dos torcedores, dos times e, agora, é atleta do Grêmio.
De futebol, já são 10 anos. Com sete, ela já jogava. À época, apenas como diversão. Depois, aos 13, ingressou em escolinhas e começou a atuar junto aos meninos. Paola chegou a ficar um período longe dos gramados, cerca de um ano, mas a paixão pela modalidade falou mais alto e, em 2020, passou num teste no Pelotas e começou a jogar pelas Lobas.
— Havia parado porque já tinha tentado várias peneiras e não tinha passado em nenhuma. Até que voltei a ter esperanças, foquei novamente e, em fevereiro de 2020, fiz um teste no Pelotas e comecei a jogar lá — relembra a menina que é natural de Cidreira, no litoral norte do Rio Grande do Sul.
O Gauchão Feminino foi especial para ela. Viajava cerca de 370 km, de Cidreira a Pelotas, para treinar nos finais de semana. O esforço foi reconhecido.
— Para mim, foi um momento importante do futebol. Consegui me sobressair mesmo morando 372 km de Pelotas. Eu ia treinar todos os finais de semana, assim como outras meninas fazem. Disputar o Gauchão me fez dar mais um passo nessa estrada.
Além dos diversos elogios que recebeu pelo futebol demonstrado, ainda ganhou uma oportunidade do Grêmio. Ela assinou contrato com o Tricolor e já está integrada ao elenco sub-18.
— Ouvi bastante coisa positiva ao meu respeito, mas não tenho muito o que falar sobre ser boa no futebol. Na minha opinião, depende de treino, de dedicação, de muito foco, e de querer demais, porque é algo muito mais complicado do que imaginamos. A palavra futebol é tão simples, mas jogar é difícil.
Para o futuro, o lema é um só:
— Tento ser melhor do que eu fui ontem. E é assim todos os dias. Almejo crescer como pessoa tanto como atleta, quero ter uma estrutura e viver com tranquilidade e poder jogar o meu futebol.