O regulamento do Gauchão 2019 não dá uma vantagem consistente para um dos finalistas. Por ter a melhor campanha ao longo das fases anteriores, o Grêmio tem apenas o direito de fazer o segundo jogo da final diante da sua torcida. Não joga por dois resultados iguais. Portanto, para ser bicampeão no Gre-Nal 420 na Arena, nesta quarta-feira (17), às 21h30min, o time do técnico Renato Portaluppi terá que vencer. O mesmo vale para o Inter no tempo normal. Qualquer empate levará a disputa para os pênaltis: o gol fora de casa não é critério de desempate na final.
Ao longo de 100 anos do Gauchão, Grêmio e Inter decidiram, um contra o outro, em 26 oportunidades. O equilíbrio é total, com 13 conquistas para cada lado. Duas delas foram disputadas nas cobranças de pênaltis. Lembra delas?
1989
No Gauchão de 30 anos atrás, todo jogo que terminasse empatado tinha uma disputa de pênaltis logo depois, para atribuir um ponto extra ao vencedor. No hexagonal decisivo, Grêmio e Inter chegaram à décima e última rodada com 25 pontos cada. O clássico no Estádio Olímpico terminou empatado em 0 a 0 e a disputa foi para os pênaltis. O Grêmio foi mais competente e venceu por 4 a 3 com a cobrança do meia Cuca, sem chance de defesa para Ademir Maria. Naquele 18 de junho, o time treinado por Cláudio Duarte conquistou o pentacampeão gaúcho sobre a equipe de Abel Braga.
Grêmio
Acertaram: Edinho, Assis, Lino e Cuca.
Errou: Kita.
Inter
Acertaram: Norton, Aguirregaray e Leomir.
Erraram: Edu e Dacroce.
GRÊMIO: Mazaropi; Alfinete, Luís Eduardo, Edinho e Hélcio (Fábio Lima); Lino, Assis, Cuca e Adílson Heleno (Almir); Kita e Paulo Egídio. Técnico: Cláudio Duarte.
INTER: Ademir Maria; Norton, Aguirregaray, Lula (Dacroce) e Casemiro; Norberto, Leomir, Luís Carlos Martins e Claudinho; Diego Aguirre (Marcelo Vita) e Edu Lima. Técnico: Abel Braga.
2011
Foi um duelo inesquecível entre ídolos das duas torcidas como jogadores nos anos 1970 e 1980, e que em 2011 estavam de técnico dos dois times: Renato Portaluppi e Paulo Roberto Falcão. Na partida de ida, no Estádio Beira-Rio, o Grêmio venceu por 3 a 2, com grande atuação de Júnior Viçosa, autor de dois gols. Leandro fez o terceiro, enquanto Andrezinho e Leandro Damião marcaram os gols colorados.
Uma semana depois, o Estádio Olímpico recebeu 45 mil torcedores para a segunda final com o Grêmio tendo a vantagem do empate. A facilidade ficou ainda maior quando o meia Lúcio abriu o placar para os gremistas bem cedo, no primeiro tempo. Mas o Inter reagiu e virou ainda na etapa inicial, com Andrezinho e Leandro Damião. Aos 29 minutos do segundo tempo, D'Alessandro fez o terceiro e o título parecia consolidado. Mas seis minutos depois, Borges descontou. O placar do primeiro jogo repetiu-se e a decisão foi para os pênaltis. Na primeira série, de cinco cobranças, cada time acertou três e errou duas.
Grêmio
Acertaram: Douglas, Fábio Rochemback e Lins.
Erraram: Willian Magrão e Lúcio.
Inter
Acertaram: D'Alessandro, Oscar e Bolatti.
Erraram: Leandro Damião e Kléber.
Partiu-se então para as cobranças alternadas. O Grêmio fez com o zagueiro Rodolfo e o Inter empatou com o lateral Nei. Na sétima cobrança, o volante Adilson errou pelo Tricolor e o meia Zé Roberto marcou o gol do título e da festa vermelha no Estádio Olímpico.
GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes, Vilson, Rodolfo e Gilson (William Magrão); Fábio Rochemback, Adilson, Lúcio e Douglas; Leandro (Lins) e Viçosa (Borges). Técnico: Renato Portaluppi.
INTER: Renan; Bolívar, Índio, Juan (Zé Roberto); Nei, Bolatti, Guiñazu, Andrezinho (Oscar), D’Alessandro e Kléber; Damião. Técnico: Paulo Roberto Falcão.