Na próxima quarta-feira (17), Grêmio e Inter medirão forças mais uma vez. Após o empate em 0 a 0 do último domingo (14), no Beira-Rio, os rivais decidirão na Arena quem ficará com o título do Gauchão de 2019. Mas nem precisava valer taça. Gre-Nal é o jogo em que nenhum lado quer ceder o mínimo de espaço ao outro. Afinal de contas, trata-se do maior clássico do país. Não? É isso o que GaúchaZH perguntou a jornalistas de fora do Rio Grande do Sul: há alguma rivalidade mais acirrada?
Juca Kfouri, colunista do Uol e comentarista da Rádio CBN, de São Paulo
— É impossível responder. O que reúne mais gente com sentimento semelhante é o Dérbi paulistano (Palmeiras x Corinthians). O que é "maior", no caso? Como medir intensidade de amor, ódio ou rivalidade? Pega pra capar maior no campo é o Gre-Nal mesmo.
Perguntado sobre quem vencerá o clássico na próxima quarta, foi curto e grosso:
— Vai dar Grêmio.
Carlos Eduardo Mansur, colunista do jornal O Globo, do Rio de Janeiro
— No momento, é sim. A gente tem grandes rivalidades dentro do Rio e São Paulo, mas são rivalidades diluídas, onde a percepção de cada torcedor varia. Aí no Sul, tem uma dualidade maior, que talvez só se repita em Minas Gerais. Mas, hoje, tem uma rivalidade mais aguçada do que a mineira.
Sobre o clássico do último fim de semana, Mansur deu o seguinte relato:
— O que mais me chamou a atenção foi uma demonstração mútua de respeito. O Grêmio não abdicou da sua forma de jogar, ocupando o campo adversário, mas isso diz muito sobre o momento atual do Inter, que consolidou uma identidade de jogo. No Brasileirão do ano passado, o Inter apenas resistiu. Agora, as forças estão um pouco mais parelhas, e ele consegue se impor a um adversário do tamanho do Grêmio. Isso faz a final ficar em aberto.
Bob Faria, comentarista da Rede Globo em Minas Gerais
— É do mesmo tamanho. Não é menor e nem maior. As circunstâncias são muito parecidas. São relações muito apaixonadas de lado a lado. Sempre tem aquela situação: quando um está melhor e outro pior, as coisas se equilibram no jogo. A parte física acaba pesando mais do que a técnica, e o Estado se divide de uma maneira maniqueísta.