A reduzida carga de ingressos oferecidos pelo Grêmio à torcida do Brasil-Pel (apenas 800 bilhetes) para o jogo desse domingo (1º), na Arena, não causou somente revolta entre os torcedores de Pelotas, mas, também, uma corrida pelas entradas.
Desde as 20h desta quinta-feira, xavantes passaram a fazer fila em frente à Central de Atendimento ao Sócio, no Estádio Bento Freitas. Detalhe: os ingressos começarão a ser vendidos a partir das 8h30min dessa sexta-feira.
— Uma fila de 12 horas é até pouco pelo Brasil. Só 800 ingressos é sacanagem. O Grêmio está com medo da gente? Colocaríamos 5 mil torcedores com facilidade na Arena, se nos dessem os ingressos — disse Luiz Fernando Waltemann, 56 anos.
A seu lado, e tendo chegado 30 minutos depois, com sua cadeirinha de praia, camisa do Brasil-Pel e chinelos de dedo, Clemente Maria da Fonseca, 64 anos, estava mais revoltado:
— Parece retaliação à torcida do Interior. Deveriam nos dar pelo menos 2 mil ingressos. O Novo Hamburgo mostrou ano passado que o futebol não está somente na Capital.
Ainda que a direção do Brasil tenha pedido 2 mil bilhetes à direção do Grêmio, apenas 800 foram liberados. O argumento é que, no Bento Freitas, apenas 800 gremistas poderão assistir à final de 8 de abril.
Na expectativa de reverter a situação, a direção do Brasil-Pel fez um pedido de intervenção ao Ministério Público para rever a questão do número de ingressos no estádio gremista. Se o MP entender que a questão é da sua competência, solicitará que o Grêmio justifique a quantidade de ingressos disponibilizados.