De 2009 para cá são dez campeonatos estaduais de futebol. E nunca como em 2018, os técnicos permaneceram tanto nos cargos quanto agora. Já foram cinco rodadas completas e nenhuma demissão. A sexta rodada já começou (vitória do Grêmio sobre o Brasil-PEL por 2 a 1) e ela vai terminar sem nenhuma demissão. Até então, o recorde era do Gauchão de 2015 quando os primeiros demitidos só apareceram após a quinta rodada.
Balançou mas não caiu
Neste Gauchão, a situação mais emblemática envolveu o técnico Claiton dos Santos, no São Paulo, de Rio Grande. Após três derrotas consecutivas (Juventude, Cruzeiro e Caxias), o ex-volante do Inter chegou a estar ameaçado mas ficou no cargo e comandou o time no 0 a 0 com o Novo Hamburgo, fora de casa. Mesmo depois do empate, houve um forte boato em Rio Grande de que Claiton seria demitido. A direção do São Paulo precisou divulgar uma nota oficial garantindo o treinador no cargo, para a partida contra o São Luiz, em Ijuí, no próximo dia 14.
Técnico da Transição não conta
Nas quatro primeiras rodadas, o Grêmio atuou com seu time de transição. Um chamado time B, com jovens da base e alguns novos contratados. O desempenho foi vexatório com um empate e três derrotas em quatro rodadas. Os titulares com o técnico Renato Portaluppi assumiram a partir da quinta rodada. Nesta quarta-feira, a direção do Grêmio anunciou a demissão do técnico da transição, César Bueno. Mas este levantamento considera apenas o time principal na disputa.
Ano a ano - a década de demissões de técnicos no Gauchão
2017
Em todo o campeonato, foram quatro trocas de técnicos. O primeiro a cair foi Carlos Moraes, depois da terceira rodada. Ele treinava o Ypiranga de Erechim e foi substituído por Guilherme Macuglia após três derrotas seguidas.
2016
Ben-Hur Pereira foi demitido do Passo Fundo logo após a segunda rodada, quando levou 4 a 0 do Ypiranga em Erechim e 3 a 0 do São José no Vermelhão da Serra. Em todo o Gauchão foram sete mudanças.
2015
Assim como 2018, o Gauchão daquele ano passou ileso nas quatro primeiras rodadas. Após a quinta, Toquinho foi demitido do São Paulo de Rio Grande e Rodrigo Bandeira caiu do União Frederiquense.
2014
Beto Almeida durou só duas rodadas no comando do São Luiz de Ijuí. Foi substituído por Mauro Ovelha. Foi o Gauchão com mais trocas nos últimos anos: nove, no total.
2013
Gilmar Iser treinava o Novo Hamburgo e caiu logo na segunda rodada. Campeonato teve oito trocas.
2012
Dirigentes suportaram três rodadas sem mudanças. Após elas, foram logo três demissões: Karmino Colombini no Ypiranga de Erechim, Carlos Gavião no Pelotas e Marcelo , no Canoas.
2011
De novo ele. De novo Gilmar Iser. O ex-zagueiro caiu após duas rodadas treinando o Novo Hamburgo.
2010
Também na segunda rodada, Celso Freitas não resistiu aos maus resultados do Esportivo, de Bento Gonçalves.
2009
Beto Almeida ficou quatro rodadas no Veranópolis e acabou demitido. Foi substituído por Gilmar Dal Pozzo. Beto não ficou desempregado. Foi para a Ulbra que perdeu Fahel Júnior para o futebol do interior paulista.