Pronto. Vai ser dada a largada para mais um sensacional Gauchão. O espetáculo que muitos ainda não aprenderam a prestigiar com as honras que ele realmente merece. Já que os estaduais continuam existindo no único país do mundo que tem essa tradição, é importante que as torcidas estejam ligadas. Isso faz para todos.
Por mais que se queira diminuir o nosso campeonato com termos pejorativos, como "Ruralito" — aliás, aplicados quando o time perde, mas é valorizado, aí com outra denominação, se o time é o campeão — há que se lembrar que, depois dos cariocas e paulistas, o nosso é o terceiro campeonato do país. Sim, senhores, o terceiro disparadamente.
Das várias partidas programadas para a primeira rodada, sem dúvida e sem favor, o cotejo que mais vai chamar a atençaõ é justamente o clássico travado entre Brasil-Pel e o meu Juventude, em mais uma empolgante edição do clássico "Bra-Ju" — o principal do Interior do estado entre duas esquadras de diferentes cidades. Esse é o derby intermunicipal interiorano por excelência.
Pena que o confronto seja logo de saída, quando os dois times ainda estão carecendo de melhor preparação tanto física como técnica, sem contar os aspectos táticos provavelmente não bem assimilados pelos novos grupos que ambos tiveram que formar.
O certo é que Juventude e Brasil, nesta próxima quarta-feira, no Bento Freitas, irão realizar mais uma dessas pelejas renhidas e que, de um modo geral, sempre transcorreram com tranquilidade. Apesar da rivalidade, que é absolutamente sadia e da grande efervescência das duas torcidas, Juventude e Brasil tem por hábito preservar uma relação amistosa acima de tudo. É o que se espera e se deseja.
De resto, um clássico de alto nível de relevância entre nossos dois representantes na Série B brasileira. O que é outro motivo para cultuá-lo como ele merece.