A pedido de Zero Hora, jornalistas que trabalharam em muitos Gre-Nais analisaram o que aconteceu na Arena, o empate em 0 a 0 válido pela primeira partida da final do Gauchão 2015.
O Gre-Nal 405 que você não viu
Lauro Quadro
Jornalista
Às vezes, mexe bem quem escala mal. Foi o que aconteceu com o Inter, ontem.
Diego Aguirre deu como desculpa o cartão amarelo de Nico Freitas para substituí-lo por Valdívia. Não. A troca de três volantes por mais um atacante para juntar-se a Sasha e a Nilmar, muito separados no primeiro tempo, foi a ideia. A propósito, não entendo como Valdívia é reserva no Internacional.
A mudança não resolveu. Nos primeiros 20 minutos do segundo tempo, o Grêmio, que já fora melhor na primeira etapa, com a iniciativa e maior volume de jogo, continuou se impondo e esteve a ponto de transformar a superioridade em vantagem no placar. Mas a partir da expulsão de Geromel (Luiz Felipe fez o óbvio, trocou Braian por Erazo), o Inter inverteu o domínio e, por pouco, muito pouco, não ganhou, o que teria acontecido não fosse um Marcelo Grohe, melhor em campo, de novo espetacular.
Desenho Tático: os gols não vieram, mas Gre-Nal foi repleto de alternativas
De quem será a vantagem no Beira-Rio? O Inter contará com o fator local, e o Grêmio será favorecido pelo regulamento. Isto é, o Inter, para ser campeão, precisará vencer, e o Grêmio poderá chegar lá com o empate a partir de 1 a 1. Vamos combinar que, tratando-se de um grande estádio, a vantagem de poder empatar talvez pese mais do que jogar em casa. Além disto, o Grêmio terá a chance, se quiser, de começar com Cristian Rodríguez e Yuri Mamute.
Foi um bom Gre-Nal, incluindo-se a arbitragem. Apesar dos protestos de Luiz Felipe, Daronco saiu-se bem. Fora de campo, uma demonstração comovente de paz e amor. Com quase 47 mil espectadores, não é fácil. A partir do nosso primeiro casal, José Fortunatti e Regina Becker, ele com a camisa do Grêmio e ela com a do Inter, a torcida mista deu show. Oxalá se repita no Beira-Rio.
Opinião
O Gre-Nal 405 pelos cascudos
Celestino, Lauro Quadros, Paulo Sant'Ana e Lasier​ Martins analisaram o clássico
GZH faz parte do The Trust Project