Saíram todos satisfeitos da Arena. Mas os azuis um pouco mais. O empate sem gols no clássico mereceu um jantar mais animado para o Grêmio.
Por dois motivos:
1) Pela história da partida, o Grêmio escapou da derrota depois de um primeiro tempo mais efetivo. Mesmo antes da expulsão de Geromel, a defesa já enfrentava dificuldades para conter as investidas do Inter.
2) O Grêmio chegará ao Beira-Rio no domingo com ares de especulador. É o bônus de quem vai para a casa do rival sem ter levado gol na sua em mata-mata com saldo qualificado.
Por tudo isso, Felipão estava satisfeito ao final. Ele conhece bem os segredos desse tipo de confronto. Numa situação como essa, fazer um gol significa obrigar o adversário a marcar dois. E isso numa final equilibrada desequilibra demais.
Sobre o jogo, foi o primeiro teste forte do Grêmio. Excluído o primeiro Gre-Nal, até agora, o máximo que havia enfrentado era times da Série C. Enquanto o Inter se embretou na defesa e cedeu espaços, o Grêmio foi bem. Articulou, viu seus meias afinados e teve até boas surpresas nos avanços de Matías e, principalmente, Marcelo Oliveira.
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Depois que o Inter mudou e atacou, ficaram evidentes algumas fragilidades defensivas. Será preciso rever a questão do meio-campo. Maicon e Fellipe Bastos talvez não ofereçam a consistência necessária para encarar adversários mais fortes. Será preciso que Giuliano e Luan se desdobrem para dar solidez ao meio. Só que isso cobrará um preço no ataque.
Sobre o Inter, Diego Aguirre errou. Nenhum técnico pode se dar ao luxo de colocar na reserva um jogador em ponto de decolagem como Valdívia. Aguirre pensou a partida a partir da ideia de segurar o Grêmio. Depois dela, viu que a melhor forma de segurar o Grêmio era ameaçá-lo e não ceder o meio-campo. .
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