O Brasil entrou forte na briga para sediar a Copa do Mundo Feminina 2027. E Porto Alegre também. Além de prestigiar a Seleção Brasileira na Austrália para a disputa do Mundial 2023, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, aproveita a estadia na Oceania para angariar apoios à canidatura brasileira. Se o pleito for bem sucedido, a Capital será indicada pela entidade para sediar jogos da competição. Contudo, ainda não há a definição sobre qual será o estádio sugerido, se a Arena do Grêmio ou o Beira-Rio.
– Porto Alegre será apresentada como uma das sedes, mas ainda não sabemos o estádio – confirmou Rodrigues em conversa com os jornalistas que cobrem a Seleção Brasileira na Austrália.
A Capital agrada pela experiência adquirida na Copa 2014, por ser relativamente próxima do eixo Rio-São Paulo e, principalmente, pela existência de dois estádios com grande qualidade e estrutura.
A definição da sede da Copa 2027 está prevista para o dia 17 de maio de 2024. O Brasil concorre com a África do Sul e com duas candidaturas conjuntas: Alemanha, Bélgica e Holanda, pela Uefa, e México e Estados Unidos, pela Concacaf.
– Com todo o equipamento esportivo e de infraestrutura que dispomos, acreditamos que vamos fazer um belo Mundial. Receber a Copa do Mundo faz parte do nosso projeto de fazer crescer cada vez mais o futebol feminino pelo país, que é um dos pilares da minha gestão – disse o presidente da CBF.
O dirigente participou, na última quinta-feira (20), da cerimônia de abertura da Copa do Mundo Feminina, em Auckland, na Nova Zelândia, onde conversou com os presidentes da Fifa, Gianni Infantino, e da Conmebol, Alejandro Dominguez. Eles assistiram à vitória da Nova Zelândia diante da Noruega, por 1 a 0, no estádio Eden Park. Na sequência, o presidente da CBF viajou para a Austrália, onde está concentrado com a Seleção, que estreia na competição nesta segunda (24), contra o Panamá, no Estádio Hindmarsh, em Adelaide.
Copa do Mundo de 2014 é ponto a favor
Nos bastidores da delegação brasileira, há bastante otimismo na escolha, especialmente pelo momento de crescimento do futebol feminino no país e pela experiência adquirida na organização da Copa do Mundo Masculina de 2014. Essa também é a opinião da ministra do Esporte, Ana Moser, que, a exemplo de Ednaldo Rodrigues, está na Austrália defendendo que o Mundial 2027 ocorra em território brasileiro.
– Se você for analisar, todas as candidaturas têm pontos positivos para receber o evento. Mas a Europa já sediou Copas femininas. Os Estados Unidos já vão receber o próximo mundial masculino. A nosso favor, temos uma estrutura pronta para a Copa, sem a necessidade de gasto, de investimento com estádios, arenas, hotéis e aeroportos. Temos tudo já feito para a Copa de 2014, sem que seja necessário praticamente nenhuma investimento – disse Ana Moser em entrevista à repórter Gabriela Moreira, do Grupo Globo.
A Fifa pede que cada país postulante a abrigar o Mundial apresente pelo menos oito cidades-sede. E, independentemente de quantas forem, Porto Alegre será indicada pela CBF. Resta saber se, nesta hipótese, os jogos seriam na Arena ou no Beira-Rio.
Como a temporada do futebol brasileiro masculino não deve parar para a disputa do Mundial Feminino, é provável que o estádio escolhido seja cedido à Fifa por um período e, desta forma, Grêmio ou Inter podem ter que jogar fora de seus domínios por algumas rodadas do Brasileirão de 2027.