Algoz do Brasil na última Copa do Mundo Feminina e invicta contra as brasileiras, a França tinha tudo para ser uma pedra no sapato do time de Pia Sunhage na Austrália, na edição de 2023. Contudo, embora tudo possa acontecer no jogo do próximo sábado (29), em Brisbane, algumas turbulências no lado francês são consideradas trunfos importantes da Seleção para conquistar uma vitória inédita contra as francesas e garantir antecipadamente a vaga nas oitavas de final.
Desde a derrota brasileira para a França, justamente nas oitavas da Copa do Mundo 2019, as duas seleções tomaram rumos diferentes. Enquanto o Brasil teve um ciclo sólido de quatro anos sob o comando da consagrada técnica sueca Pia Sundhage, as francesas viveram um período repleto de instabilidades.
Após inúmeros episódios de mau relacionamento com as atletas, a técnica Corinne Diacre deixou o cargo às vésperas do Mundial e foi substituída por Hervé Renard, que comandou a Arábia Saudita na última Copa do Mundo Masculina, no Catar. O maior tempo de preparação sob o comando de Pia é considerado uma vantagem considerável pela goleira brasileira Lelê
— Nós não nos colocamos como favoritas, mas estamos melhor preparadas para jogar contra a França. Evoluímos bastante ao longo dos anos e, com a troca de treinador delas, pode ser que elas tenham tido um tempo curto de adaptação ao novo técnico. Já nós estamos há bastante tempo trabalhando com o modelo de jogo da Pia — opinou a goleira.
Além disso, a França pode ter um desfalque importante. Destaque na bola aérea ofensiva e principal jogadora do time, a zagueira Wendy Renard é dúvida por conta de uma lesão. O fato, porém, é minimizado por Lelê
— A França sempre foi forte na bola aérea independentemente da Renard. Vamos nos preparar de qualquer forma — finalizou.
O jogo entre Brasil e França será neste sábado (29), às 7h (horário de Brasília), no estádio Lang Park, em Brisbane.