Para escrever mais algumas páginas de sua ampla história nas Copas do Mundo, a Seleção Brasileira desembarcou há 20 anos para o Mundial da Coreia e do Japão com as chuteiras carregando o peso das interrogações.
As desconfianças tinham como cerne os maus resultados de um passado recente e no estado físico de jogadores como Rivaldo e Ronaldo, referências do time, mas que voltavam de lesões. As dúvidas foram sendo dirimidas e trocadas por exclamações a cada jogo até Cafu erguer o prêmio mais cobiçado do planeta bola.
O receio de uma equipe defensivista devido ao sistema com três zagueiros, trauma herdado da Copa de 1990, se liquefez com a multiplicação dos gols a cada rodada e se transformou na melhor campanha da história brasileira em Mundiais, com sete vitórias (em 1970 a taça foi erguida em seis jogos).
Os dois gols de Ronaldo sobre a Alemanha completam duas décadas de vida em 30 de junho. Desta sexta-feira (24) até o dia do aniversário do penta, GZH publicará uma série de conteúdos que contam a trajetória do time de Luiz Felipe Scolari rumo à apoteose do futebol mundial.
Hoje, relembre como foi cada um dos jogos da Seleção Brasileira na campanha do pentacampeonato.
Ajuda da arbitragem - Brasil 2x1 Turquia
Uma sensação estranha pairava no ar no Estádio Munsu. Ainda não se sabia o potencial do time da Turquia, o que impregnou um sentimento de insatisfação após o 2 a 1 em Ulsan, na Coreia do Sul. Um pouco pelo placar. Outro tanto pela atuação. E muito pelo como a vitória na estreia foi alcançada.
O gol decisivo saiu no final do jogo com Rivaldo cobrando um pênalti invisível. Luizão, homem que fez o gol que garantiu o Brasil na Copa nas Eliminatórias, foi puxado fora da área, mas o árbitro sul-coreano Kim Young-Joo assinalou a infração dentro dela, em um prenúncio de que a arbitragem estaria no centro do debate em 2002. Autor da cobrança, Rivaldo ainda protagonizou cena constrangedora na mesma partida. O camisa 10 se preparava para cobrar escanteio, e Hakan Unsal chutou a bola contra as pernas do brasileiro. De maneira espalhafatosa, Rivaldo fingiu ter sido atingido no seu rosto.
Até a virada, o Brasil sofreu e esbarrou no goleiro Rustu. No primeiro tempo, foram pelo menos sete arremates brasileiros com algum perigo e nenhum gol. Nos acréscimos, em uma bola invertida atrás da defesa, Sas deixou os euroasiáticos em vantagem. Mesmo com desempenho mais módico na etapa final, Ronaldo, de carrinho, igualou aos cinco minutos.
— O mais importante é que tivemos força para virar — sintetizou Ronaldo.
O mais positivo dos primeiros 90 minutos do penta foi que Ronaldo e Rivaldo, apostas de Felipão, deram sinais de que a insistência do treinador renderia frutos.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (2): Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Cafu, Gilberto Silva, Juninho (Vampeta, 28’/2ºT), Ronaldinho (Denílson, 28’/2ºT) e Roberto Carlos; Ronaldo (Luizão, 29’/ 2ºT) e Rivaldo. Técnico: Luiz Felipe Scolari
TURUQUIA (1): Rustu; Alpay, Korkmaz (Mansiz, 21’/2ºT) e Ozalan; Akyel, Tugay Kerimoglu (Erdem, 43’/2ºT), Hakan Unsal, Emre e Yildiray Basturk (Davala, 21/2ºT); Hakan Sukur e Hasan Sas. Técnico: Senol Gunes Emre Belozoglu
Gols: Sas (T), aos 47’ do 1º tempo; Ronaldo, aos 5’, e Rivaldo, aos 42’, do 2º tempo
Cartões vermelhos: Alpay e Unsal (Turquia)
Cartões amarelos: Akyel, Unsal e Alpay (Turquia); Denilson (Brasil)
Arbitragem: Kim Young-Joo (Coréia do Sul)
Local: Estádio de Munsu, em Ulsan, na Coreia do Sul
Público: 33.842
Data: 3/6/2002
A goleada - Brasil 4x0 China
Se o ranking da Fifa tem alguma serventia, o segundo jogo do Brasil na Copa de 2002 foi o mais díspar do torneio. Os brasileiros eram os segundos colocados da lista. Estreantes em Mundiais, os chineses estavam na posição de número 50. Dentro deste cenário, golear era a única alternativa possível. Assim foi feito pelos quatro Rs.
Em uma cobrança de falta de vinheta, Roberto Carlos fez o 1 a 0 no início da partida. Rivaldo escorou cruzamento de Cafu para ampliar. No fim do primeiro tempo, novo pênalti para o Brasil — desta vez bem assinalado. Ronaldinho dilatou o placar. Como futebol não é boxe, a contagem até três nos 45 minutos iniciais foi suficiente para nocautear os asiáticos.
Em uma rotação mais baixa, Ronaldo marcou o último gol na etapa final. Na véspera, os chineses manifestaram que um golzinho era tudo o que desejavam diante dos brasileiro. O gol quase veio em uma bola que carimbou a trave de Marcos.
Para o jogo, a única substituição de Scolari em relação à estreia foi a entrada de Anderson Polga no lugar de Edmílson.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (4): Marcos, Lúcio, Anderson Polga e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista (Ricardinho, 25’/2ºT), Ronaldinho (Denilson, INT) e Roberto Carlos; Rivaldo, Ronaldo (Edílson, 27’/2ºT).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
CHINA (0):Jiang Jin, Wu Chenying, Li Tie, Ma Mingyu (Yang Pu, aos 17’/2ºT), Hao Haidong (Qu Bo, 30’/2ºT), Li Weifeng, Zhao Junze, Du Wei, Li Xiaopeng, Qi Hong (Shao Jiayi, 21/2ºT), Xu Yunlong.
Técnico: Bora Milutinovic.
Gols: Roberto Carlos (B), aos 14, Rivaldo (B), aos 31, e Ronaldinho (B), aos 45 minutos do 1º tempo; Ronaldo (B), aos 9 minutos do 2º tempo.
Cartão amarelo: Roque Junior (B)
Arbitragem: Anders Frisk (Suécia);
Local: Estádio de Jeju, Seogwipo, na Coreia do Sul
Público: 36.750
Data: 8/6/2002
O entretenimento - Brasil 5x2 Costa Rica
Praticamente classificado, o Brasil promoveu um grande entretenimento diante da Costa Rica, na despedida da Seleção da Coreia do Sul. Teve cara que seria uma agradável comédia, mas ganhou contornos de suspense e se transformou, no fim, em uma divertida aventura com final feliz. Sem Roberto Carlos, Ronaldinho e Roque Júnior, poupados por estarem pendurados, o time de Luiz Felipe Scolari manteve a força ofensiva, mas apresentou preocupação defensiva no 5 a 2.
Os escolhidos para os lugares dos poupados foram Júnior, Edílson e Edmílson. O primeiro e o último do trio deixaram sua marca diante dos caribenhos. Com 37 minutos de jogo estava 3 a 0, com dois gols de Ronaldo e um golaço que virou pintura de Edmílson — ele tem um quadro pintado que retrata o lance em sua casa. O defensor desviou a bola em um movimento que orbita entre um voleio, uma bicicleta e um chute de virada.
Mas a situação foi mais tensa do que contra os chineses. Walchope, principal jogador da Costa Rica, e Gómez poderão contar para filhos, netos e amigos que marcaram um gol sobre o Brasil em uma Copa do Mundo.
O Brasil se descomplicou com Júnior. O lateral concedeu o passe para Rivaldo guardar o quarto e foi o autor do quinto — ele também acertou uma bola na trave, quase marcando um gol contra. Os costarriquenhos ainda acertaram o poste outra vez, além de exigirem duas defesas de Marcos.
— Se o pessoal da frente não ajuda na marcação, vai ficar difícil para o nosso time. Não há zaga que resista — cobrou Gilberto Silva, após a partida.
Desde a final de 1958, no 5 a 2 sobre a Suécia, o Brasil não marcava cinco gols em uma partida de Copa do Mundo.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (5): Marcos, Lúcio, Edmílson e Anderson Polga; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista (Ricardinho, 16/2ºT), Rivaldo (Kaká, aos 27/2ºT) e Júnior; Ronaldo e Edílson (Kléberson, 12/2ºT).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
COSTA RICA (2): Lonnis, Marin, Wright, Martínez (Parks, 29/2ºT) e López; Solis (Fonseca, 20/2ºT), Centeno, Wallace (Bryce, INT) e Castro; Wanchope e Gomez.
Técnico: Alexandre Guimarães.
Gols: Ronaldo (B), aos 10 e aos 13, Edmilson (B), aos 38, e Wanchope, aos 39 minutos do 1º tempo; Gómez, aos 11, Rivaldo (B), aos 17, e Júnior (B), aos 19 minutos do 2º tempo.
Cartão amarelo: Cafu (B)
Árbitro: Gamal Ghandour (Egito)
Local: Suwon Stadium, em Suwon, na Coreia do Sul
Público: 38.524 torcedores
Data: 13/06/2002
O mais difícil - Brasil 2x0 Bélgica
Há histórias que os números não contam. O placar de 2 a 0 do Brasil sobre a Bélgica nas oitavas de final oculta o quanto foi difícil. Os pentacampeões consideram que o confronto foi o mais complicado da campanha. O placar permaneceu congelado até os 22 minutos do segundo tempo.
Mais do que isso, a equipe brasileira escapava de perder. Logo aos 44 segundos, Marcos fez a primeira de muitas defesas daquela noite. Enquanto o goleiro brasilero se virava em dois para evitar a abertura no placar, o ataque chutava espirrado. A primeira defesa de De Vlieger, o goleiro belga, foi aos 36 minutos de jogo.
Instantes antes, Wilmots, que passou a noite azucrinando a defesa brasileira, marcou de cabeça, mas o árbitro apontou falta em Roque Júnior. Pelas câmeras da transmissão, a infração não ocorreu.
O alívio surgiu quando a bola chegou torta para Rivaldo. Ele colocou ela no peito, na grama e no gol para fazer o 1 a 0. Nos minutos finais, Ronaldo ampliou após passe de Kléberson. Ufa, o Brasil estava nas quartas de final.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (2): Marcos; Cafu, Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista (Denílson, 12/2ºT), Ronaldinho Gaúcho (Kléberson, aos 36/2ºT) e Roberto Carlos; Rivaldo (Ricardinho, 45/2ºT) e Ronaldo.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
BÉLGICA (0): De Vlieger; Van Kerckhoven, Van Buyten e Peeters; Verheyen, Simons, Vanderhaeghe, Goor e Walem; Marc Wilmots e Mpenza.
Técnico: Robert Waseige
Gols: Rivaldo (Br), aos 22, e Ronaldo, aos 41 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Roberto Carlos (Br), Vanderhaeghe (Be)
Árbitro: Peter Prendergast (Jamaica)
Local: Estádio Kobe Wing, em Kobe, Japão
Público: 40.440
Data: 17/6/2002
Tchau, Beckham - Brasil 2x1 Inglaterra
A teimosia e a imprevisibilidade colocaram o Brasil na semifinal da Copa. Em um estádio com um público que torcia mais por David Beckham do que pelas seleções, foi um nome menos pop que ajudou a sedimentar o caminho brasileiro. No 2 a 1 sobre os Ingleses, Felipão promoveu Kléberson ao time titular colocando em campo a escalação que seria eternizada na final.
Mestre da motivação, Scolari usou quatro armas para mexer com os brios de seu grupo. Ainda no hotel em Shizuoka, o treinador apresentou cenas do filme Um Domingo Qualquer, que trata de uma equipe de futebol americano em crise. Citou trechos do livro Cestas Sagradas, de Phil Jackson, mais vitorioso técnico da história da NBA. Pela segunda vez no Mundial, utilizou imagens da TV Globo de torcedores acompanhando os jogos do Brasil nas mais variadas localidades. A trilha sonora do vídeo tinha a música Festa, de Ivete Sangalo.
Funcionou. Nem mesmo o gol de Owen, após falha de Lúcio aos 22 minutos de jogo, tirou a Seleção dos eixos. Nem a expulsão de Ronaldinho estremeceu as estruturas montadas para o duelo.
— Nunca vi uma seleção com um espírito tão forte de luta, tão vibrante quanto esta — celebrou o treinador depois do avanço às semifinais.
Ainda no primeiro tempo surgiu o gol da teimosia. Nos treinos, os jogadores relatam que Felipão apresentava alguma insatisfação quando Rivaldo, ao invés de chutar com a perna direita, enquadrava o corpo para bater de esquerda. No último minuto do primeiro tempo, após jogada individual de Ronaldinho, o camisa 10 brasileiro tinha todas as condições de finalizar de direita. Preferiu alinhar o corpo para arrematar de esquerda e colocar a bola na rede.
Logo no começo do segundo tempo surgiu a imprevisibilidade. Parecia uma prosaica falta na intermediária direita do ataque do Brasil. O lance tinha tudo para ser um levantamento para a área. Lúcio, Gilberto Silva e Roque Júnior estavam lá. Quando a bola dispara do pé de Ronaldinho o cronômetro cravava quatro minutos. Ela leva dois segundos para chegar no gol. Tempo suficiente para Cafu olhar em direção ao goleiro, mexer a cabeça para ver Ronaldinho e virar novamente o rosto para a meta adversária, mas pouco tempo para o goleiro Seaman dar alguns passos para trás e evitar a virada brasileira.
Oito minutos foi o tempo que Ronaldinho levou para ir do êxtase à desilusão ao ser expulso por falta em Mills. Mesmo com um jogador a menos, o Brasil sofreu pouco até o fim do jogo.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (2): Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho e Roberto Carlos; Rivaldo e Ronaldo (Edílson, 25/2ºT).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
INGLATERRA (1): Seaman; Mills, Ferdinand, Campbell e A. Cole (Sheringham, 35/2ºT); Butt, Scholes, Beckham e Sinclair (Dyer, 11/2ºT); Heskey e Owen (Vassel, 34/2ºT).
Técnico: Sven-Goran Eriksson
Gols: Owen (I), aos 23, e Rivaldo (B), aos 47 minutos do 1º tempo; Ronaldinho (B), aos 4 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Scholes e Ferdinand (Inglaterra)
Cartão vermelho: Ronaldinho (Brasil)
Árbitro: Felipe Rizo (México)
Local: Estádio Ecopa, em Shizuoka, no Japão
Público: 47.436
Data: 21/6/2002
De novo os turcos - Brasil 1x0 Turquia
Na vastidão de quase hectare de um campo de futebol, por vezes o espaço para a bola passar é do tamanho de uma caçapa, o que faz com que somente com uma tacada precisa seja possível fazer a bola abraçar a rede. Foi como um taco de sinuca que Ronaldo, com o bico do pé, marcou o gol da classificação à final no 1 a 0 sobre a Turquia.
Depois da fase de grupos, a Turquia passou por Japão e Senegal para reencontrar o Brasil. Sem Ronaldinho, Edílson, o Capetinha, foi o escolhido para a escalação inicial. Ironias da bola. Com um desconforto muscular, Ronaldo não tinha garantias que jogaria. Para mudar o foco nas entrevista, adotou um corte de cabelo inusitado, deixando apenas um tufo de cabelo acima da testa.
Foi nesse dia que os jogadores deixaram a vida levar eles. O vídeo motivacional de Felipão antes da partida contou com trilha sonora de Zeca Pagodinho. O que foi levado a campo foi um time sólido defensivamente e certeiro no ataque. Foram 90 minutos de poucas chances.
Além do gol, o Brasil produziu outras três boas oportunidades para marcar. Nos minutos finais surgiu uma das cenas da Copa. Denílson entrou na área, mas com a rota interrompida até o gol teve de conduzir a bola para fora dela com quatro turcos à sua caça.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (1): Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu,Gilberto Silva, Kléberson (Beletti, 40/2ºT), Rivaldo e Roberto Carlos; Ronaldo (Luizão, 23/2ºT) e Edílson (Denílson, 30/2ºT).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
TURQUIA (0): Rustu; Akyel, Korkmaz e Ozalan, Pembe; Tugay Kerimoglu, Umit Davala (Izzet, 29/2ºT), Emre (Masiz, 17/2ºT) e Yildiray Basturk (Erdem, 43/2ºT); Hakan Sukur e Hasan Sas.
Técnico: Senol Gunes
Gol: Ronaldo (B), aos 4 minutos do 1º tempo
Cartões amarelos: Gilberto Silva (B); Hasan Sas e Tugay Kerimoglu (T)
Árbitro: Kim Milton Nielsen (Dinamarca)
Local: Estádio Saitama, em Saitama, no Japão
Público: 61.058
O penta - Brasil 2x0 Alemanha
Equívocos são um costume da Fifa. Entre eles esteve o de eleger o goleiro alemão Oliver Kahn como o melhor jogador da Copa do Mundo antes da final do torneio. O camisa 1 falhou no primeiro gol do 2 a 0 aplicado pela Seleção Brasileira.
Sem Ballack, seu principal jogador, a Alemanha tentou confirmar aquela máxima que diz que o futebol é um esporte inventado pelos ingleses, jogado pelos brasileiros e vencido pelos alemães. Mas não em 30 de junho de 2002. Nem toda a eficiência foi capaz de parar os brasileiros.
Apesar de ter criado três chances no primeiro tempo, duas com Kléberson, a Seleção movimentou o placar somente no segundo tempo. Antes quem se movimentou foi Marcos. O goleiro desviou cobrança de falta de Neuville antes de a bola tocar a trave no começo do segundo tempo. Foi o último suspiro germânico porque logo Ronaldo exorcizou os fantasmas, e foram muitos, que o acompanharam nos quatro anos anteriores.
Primeiro, ele aproveitou a colaboração de Kahn para, no rebote, para colocar o Brasil em vantagem. Depois o passe de Kléberson com corta-luz de Rivaldo chegou a seus pés para fazer o 2 a 0. O mundo tinha uma seleção pentacampeã.
FICHA TÉCNICA
BRASIL (2): Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kléberson, Ronaldinho (Juninho Paulista, 40/2ºT) e Roberto Carlos; Ronaldo (Denílson, 45/2ºT) e Rivaldo.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
ALEMANHA (0): Kahn; Linke, Ramelow e Metzelder; Schneider, Jeremies (Asamoah, 32/2ºT), Hamann, Frings e Bode (Ziege, 39/2ºT); Neuville e Klose (Bierhoff, 29/2ºT). Técnico: Rudi Völler
Gols: Ronaldo (B), aos 22 e aos 34 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Roque Júnior (B); Klose (A)
Árbitro: Pierluigi Colina (Itália)
Local: Estádio Internacional de Yokohama, em Yokohama, no Japão
Público: 69.029