À medida em que se destacava dentro de campo e ganhava espaço no elenco profissional do Inter, Alisson também chamava atenção por possuir um requisito que não é exigido no futebol: a beleza. Não demorou para o jovem defensor colorado passar a conviver com o apelido de "goleiro gato."
Nos últimos meses, porém, o jogador da Roma e da Seleção Brasileira começou a apresentar uma vermelhidão na região da testa e das bochechas. Não demorou para o assunto tomar conta das redes sociais. Na última terça-feira (12), durante entrevista coletiva em Sochi, na Rússia, Alisson brincou com o assunto.
– Não me incomoda, não! Estou na puberdade. Faz parte – respondeu, ao ser questionado se ficava incomodado com os comentários sobre seu rosto.
Embora afirme que não é possível dar nenhum diagnóstico exato sem exames presenciais, Clarissa Prati, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio Grande do Sul, acredita que o caso do jogador seja de rosácea ou até mesmo acne tardia, que pode surgir em adultos acima de 25 anos.
– No caso da rosácea, ela pode estar relacionada a questões como o frio ou o estresse – explica, alertando que estas são hipóteses bastante prováveis, considerando que o atleta se prepara para disputar sua primeira Copa do Mundo.
Segundo a médica, tanto a rosácea quanto a acne precisam de tratamentos com orientação de um profissional. A solução, conta, pode ser o uso medicamentos tópicos, passados direto na pele, ou sistêmicos, à base de antibióticos.
Pelas imagens, a dermatologista Márcia Donadussi acredita tratar-se mesmo de rosácea, embora não descarte a hipótese da acne.
– Ali, o quadro me parece mesmo de rosácea, porque apresenta um rosto mais vermelho – diz.
De acordo com Márcia, há diferentes graus da doença. O de Alisson seria o intermediário, por apresentar lesões inflamatórias e papulosas, com bolinhas que podem ser confundidas com espinhas.
– Os casos mais leves deixam as bochechas avermelhadas quando a pessoa bebe vinho ou come pimenta, por exemplo. Nos mais graves, são lesões mais importantes, por vezes até necróticas – afirma a especialista.