Foi consenso entre todos em Sochi no dia seguinte à estreia da Seleção na Copa: se Fred estivesse disponível, seria ele o escolhido para entrar no lugar de Paulinho, de atuação discreta contra a Suíça. Pois agora, o ex-colorado está à disposição. Como havia ocorrido na sexta-feira e no sábado, Fred trabalhou com o restante do grupo. Só que nesta segunda-feira, ele fez todos os movimentos, mostrou desenvoltura e se garantiu, pelo menos, no banco de reservas, para a partida de sexta-feira, em São Petersburgo.
O trabalho no dia seguinte ao empate com a Suíça foi intenso para quem ficou de fora no domingo. Matheus Bachi, filho de Tite e um dos auxiliar, colocou faixas brancas nas laterais que reduziram a largura do gramado. Em apenas uma metade do campo, Cléber Xaiver comandou um trabalho de ataque contra defesa. Uma linha formada por Renato Augusto, Fred, Douglas Costa, Firmino e Taison enfrentava outra composta por Fagner, Geromel, Marquinhos e Filipe Luís, tendo à frente deles Fernadinho. Os atacantes precisavam arrematar numa goleira em que se alternavam Cássio e Ederson. Os defensores precisavam roubar a bola e buscar o gol em duas goleiras pequenas na linha do meio-campo.
Em todo o trabalho, Fred mostrou-se à vontade, atuando mais pelo lado esquerdo. Não teve receio de chutar e tampouco de divididas mais fortes. Uma prova de que está recuperado totalmente da pancada no tornozelo direito sofrida ainda na Inglaterra e que o tirou de ação por uma semana. Com ele disponível, Tite ganha uma alternativa mais vertical para o meio-campo. Fred é o único jogador que atua de área a área de forma intensa, no que os europeus convencionaram chamar de box-to-box.