A paralisação do Campeonato Brasileiro por duas rodadas se deu por respeito à vontade da maioria dos clubes. Foi assim que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, definiu a decisão. Em entrevista ao portal ge.globo, o dirigente ressaltou que a parada se deu por uma questão democrática, mas alertou para as dificuldades do calendário brasileiro.
— É a democracia. Temos que trabalhar ouvindo todos os clubes, todas as federações estaduais. Agora, neste contexto, a CBF vai fazer uma engenharia criteriosa para que possamos amenizar a sobrecarga de jogos para os clubes. Vamos fazer tudo o que for possível para não trazer nenhuma consequência maior para os clubes. O objetivo é que tenham rendimento técnico para representar bem nosso país nas competições internacionais — declarou.
A preocupação da CBF é em não alterar a data final do Brasileirão, marcada para 8 de dezembro. Esse objetivo visa não causar impacto no calendário de 2025, que terá a disputa do Mundial de Clubes em junho. Três clubes brasileiros já estão garantidos no torneio, Flamengo, Palmeiras e Fluminense.
— Não pensamos em estourar. O objetivo é terminar o calendário em 2024. Se não, impacta ainda mais no calendário de 2025, que já está bastante cheio — completou o dirigente.
Na noite desta quarta-feira (15), a CBF anunciou o adiamento da sétima e oitava rodadas do Brasileirão. Esse era o pedido feito pelos clubes gaúchos da Série A, Grêmio, Inter e Juventude, em ofício encaminhado via FGF.
Segundo o comunicado divulgado pela CBF, 15 clubes se manifestaram a favor da parada após consulta feita pela entidade. No dia 27 de maio haverá uma reunião do conselho técnico que irá tratar, entre outras coisas, sobre como esses jogos serão recuperados.